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Carne suína: exportações superam US$ 1 bilhão pela primeira vez em SC

Em 2020, o estado exportou mais de 523,3 mil toneladas de carne suína, respondendo por mais da metade das vendas externas do Brasil

 

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Foto: Cidasc

As exportações de carne suína registraram faturamento recorde em Santa Catarina em 2020. As vendas externas renderam ao estado US$ 1,2 bilhão, elevação de 35% em relação a 2019, segundo dados do Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Em 2020, o estado exportou mais de 523,3 mil toneladas de carne suína com destino a 67 países. Ainda no ano passado, Santa Catarina respondeu por 52% do total exportado pelo Brasil.

De acordo com o governo do estado, o bom momento da suinocultura catarinense se deve, principalmente, ao reconhecimento pelo cuidado com a saúde animal e a demanda crescente da China por proteína animal. As vendas do produto para o país asiático tiveram incremento de 76% em faturamento na comparação com 2019.

A alta demanda chinesa é reflexo da peste suína africana, doença que dizimou boa parte dos plantéis e fez com que o país buscasse outros fornecedores. “Embora a China esteja recuperando rapidamente seus plantéis suínos, a expectativa é de que em 2021 ainda se registrem incrementos em termos de valor e quantidade exportados para aquele país”, destaca o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl.

Aumento das vendas para mercados premium

Com um status sanitário diferenciado e reconhecido internacionalmente, Santa Catarina ampliou a venda para mercados considerados premium: Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Esses países são conhecidos pela alta exigência e também pela compra de produtos mais nobres.

O Japão, por exemplo, passou a ser o quarto maior destino das exportações catarinenses com US$ 43 milhões de faturamento – 108% a mais do que no ano anterior. As vendas para os Estados Unidos tiveram um aumento de 57% nas receitas

Santa Catarina é o único do Brasil reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação.