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Croplife teme que cúpula dos Sistemas Alimentares mude regras de resíduos de defensivos

É um debate sensível, tem que ser feito com muita cautela”, destaca Christian Lohbauer, presidente da Croplife Brasil

A pré-cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU acontece a partir da próxima segunda-feira, 26, em Roma, na Itália. Nos preparativos, a Croplife Brasil, entidade que atua na área de mudas e sementes, defensivos e biotecnologia, se preocupa com uma possível revisão das regras internacionais de resíduos de defensivos nos alimentos.

As regras fazem parte do Codex Alimentarius, um documento criado pela onu e que, em tradução literal, significa “código alimentar.

“Temos uma preocupação setorial a respeito do debate sobre resíduos e contaminantes nos alimentos. O mundo inteiro segue o Codex Alimentarius, mas há uma proposta para rever esses índices de resíduos e contaminantes. É um debate sensível, tem que ser feito com muita cautela”, destaca Christian Lohbauer, presidente da Croplife Brasil.

Ainda de acordo com ele, o debate sobre resíduos deve considerar as características de produção de cada país. “No Brasil nós temos uma agricultura tropical que tem um modelo diferente, uma escala diferente e em relação ao nosso negócio, uma necessidade de uso de defensivos e biodefensivos e até sementes geneticamente modificadas muito diferentes do mercado europeu, por exemplo”, explica.

O presidente da Croplife também pede uma discussão maior sobre as polêmicas que envolvem o agro como grande ‘vilão’ do meio-ambiente.

“Outras medidas que tão sendo debatidas aí como ‘tem que reduzir o consumo de açúcar’, ‘tem que reduzir o consumo de proteína animal, de boi porque o boi é emissor de gases de efeito estuda e destruidor da natureza’. Uma série de assuntos que são discutíveis. À medida que você não tem consenso a respeito de como medir, a gente fica preocupado, porque o efeito no final é sobre o comércio. O efeito é sobre quem produz o que, quanto, como e para quem pode exportar. E aí tem um viés muito europeu nessa conversa e precisa no mínimo ser debatido com mais profundidade”.