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Cúpula do G20: Japão defende economia livre e aberta

Encontro acontece em momento de crescente tensão global, como a guerra comercial; primeiro-ministro japonês disse que medidas comerciais restritivas não beneficiam país algum

Com apoio de

G20, Osaka, Japão
Foto: Alan Santos/ Presidência da República

Líderes mundiais iniciaram discussões na reunião de cúpula do G20, em Osaka, Japão. O encontro de dois dias acontece em um momento de crescentes tensões globais, como a guerra comercial, que está sendo travada entre os Estados Unidos e a China, e o atrito entre Washington e Teerã. Inicialmente, as autoridades discutiram comércio e economia global. O G20 é o principal mecanismo de governança econômica mundial. Juntos, os países do grupo representam 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 80% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

No início da primeira sessão, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou: “Economia livre e aberta é a base da paz e prosperidade. Temores e descontentamento em relação a rápidas mudanças, provocadas pela globalização, às vezes geram tentação de adotar protecionismo e graves conflitos entre nações. Contudo, a adoção recíproca de medidas comerciais restritivas não beneficiam país algum”, afirmou.

A cúpula teve início oficialmente na manhã de sexta-feira, com uma cerimônia de abertura presidida por Abe. A meta da reunião é superar opiniões divergentes e obter consenso sobre uma ampla gama de questões urgentes.

As discussões devem dar enfoque ao comércio. Um dos momentos mais esperados é o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping, no sábado, 29.

Tensões entre os Estados Unidos e o Irã também serão um tema polêmico. A situação vem piorando desde que dois navios petroleiros foram atacados, neste mês, nas proximidades de uma das principais rotas de transporte de petróleo do Oriente Médio. O governo americano culpa Teerã pelo incidente, mas o Irã vem negando as acusações.