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Demanda tímida arrefece pressão altista nos preços das boiadas

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, ambiente de negócios sugere estabilidade pela acomodação dos preços no curto prazo

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios sugere estabilidade pela acomodação dos preços no curto prazo.

“Os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição bastante confortável em suas escalas de abate, posicionadas entre cinco e sete dias úteis em média. Mesmo com escalas de abate confortáveis, os frigoríficos não exercem pressão sobre o mercado. A incidência de contratos a termo e a utilização de confinamentos próprios torna a situação mais confortável para os frigoríficos de maior porte”, assinala Iglesias.

Para que haja maior robustez do movimento de alta, são necessários avanços mais consistentes da demanda. “Mas, como há limitações claras em torno do consumo doméstico, é evidente a dependência do bom resultado das exportações, com ênfase nas vendas destinadas à China”, disse Iglesias.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318,00 na modalidade à prazo, ante R$ 317 na segunda-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 314, ante R$ 313. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 314 a arroba, ante R$ 313.

Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “O consumidor médio ainda encontra dificuldades para absorver novos reajustes da carne bovina no atacado, buscando proteínas mais acessíveis. Asso, a carne de frango segue com a preferência da população brasileira, consequência da atual situação macroeconômica”, apontou Iglesias.

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 17,00 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 17,00 por quilo, estável.

Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com alta de 0,46%, sendo negociado a R$ 5,22 para venda e a R$ 5,21 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1 e a máxima de R$ 5,2.