Economia

Preço do etanol cai em todo o Brasil, aponta ANP

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país caiu 11,84%

Os preços médios do etanol hidratado caíram nos 26 estados e no Distrito Federal na semana passada, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol recuou 2,43% na semana em relação à anterior, de R$ 4,520 para R$ 4,410 o litro.

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,14%, de R$ 4,210 para R$ 4,120 o litro. Roraima foi a unidade federativa com maior recuo porcentual de preços na semana, de 9,80%, de R$ 6,120 para R$ 5,520 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,390 o litro, em Minas Gerais. Já o preço máximo na semana foi registrado no Rio Grande do Sul, a R$ 7,890 o litro. O menor preço médio estadual foi observado em Mato Grosso, de R$ 3,91 o litro, enquanto o maior preço médio estadual foi verificado no Amapá, de R$ 6,01.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país caiu 11,84%. O estado com maior baixa porcentual no período foi Mato Grosso, com 19,73% de desvalorização mensal do etanol.

Competitividade do etanol

usina de etanol de milho Inpasa, Nova Mutum (MT)
Foto: Unem/divulgação

O etanol manteve-se mais competitivo do que a gasolina em apenas dois estados, na semana passada: Mato Grosso e São Paulo. É o que mostra o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, a paridade é de 64,63%, enquanto em São Paulo atinge 69,95%. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 72,65% ante a gasolina, portanto menos favorável do que o derivado do petróleo.

Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70% a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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