Economia

Previsão da inflação para 2023 sobe mais uma vez

Agora, o mercado financeiro projeto IPCA em 5,98% ao fim do ano

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa semanal Boletim Focus elevaram de 5,96% para 5,98% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023.

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A previsão de inflação nos preços administrados — que são controlados por contrato ou pelo poder público — aumentou de 9,65% para 9,79%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M) manteve-se em 3,70%.

Para 2024, as instituições financeiras consultadas no Boletim Focus elevaram de 4,13% para 4,14% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados no próximo ano aumentou de 4,40% para 4,50%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 4,20% para 4,25%.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic), manteve-se em 12,75% ao final de 2023. Atualmente, ela está em 13,75%, o que significa que o mercado espera um recuo de 1,00 ponto porcentual (pp) até o final do ano. Para 2024, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 10,00%.

Inflação, câmbio, PIB e balança comercial

inflação - boletim focus
Foto: Freepik

A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,25 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 caiu de R$ 5,30 para R$ 5,27 por dólar. Quatro semanas atrás, a previsão para 2023 era igual, mas a estimativa para 2024 era maior, de R$ 5,30.

Segundo as instituições financeiras que participaram do Boletim Focus desta semana, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será elevada de 0,90% para 0,91% em 2023. A projeção para 2024 diminuiu de 1,48% para 1,44%.

Já a previsão de superávit comercial em 2023 ficou em US$ 55,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mensura o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente — que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda — foi de déficit de US$ 50,84 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 50,84 bilhões observado na semana anterior.

A estimativa para o investimento direto em 2023 ficou estável em US$ 80,00 bilhões. Para 2024, as instituições mantiveram a previsão de superávit comercial em US$ 55,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 52,50 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 52,50 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 80,00 bilhões.

Editado por: Anderson Scardoelli.

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