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Especialista diz como fugir das ‘armadilhas’ na contratação de crédito rural

Advogado especialista em crédito diz que produtor deve ter atenção com percentual das taxas de juros e com as garantias que são exigidas

O Plano Safra 2021/22 já está em vigor e os produtores devem começar a demandar o crédito rural para a preparação da safra. No entanto, antes de fazer a aquisição dos recursos junto aos bancos, é preciso adotar algumas medidas para garantir o modelo de financiamento adequado.

O advogado Frederico Buss diz que um dos primeiros cuidados antes de acessar o Plano Safra é observar a taxa de juros. “É preciso ficar atento às taxas para saber se ela está adequada com a linha de crédito que o produtor pretende contratar. Além disso, ao encaminhar pedido de financiamento, o agricultor precisa apresentar um projeto técnico, apresentar o recibo do CAR e observar as exigências zoneamento ecológico e econômico”, pontua.

De acordo com o advogado, outro ponto de atenção na aquisição dos recursos para financiar a safra está nas garantias que são exigidas para formalização do crédito. “As garantias são específicas para cada tipo de financiamento e no custeio deve-se observar os valores, a natureza e o prazo do crédito. A garantia deve ser compatível com o valor a ser financiado, e o produtor deve ficar atento e não permitir a exigência de garantias adicionais ou abusivas em relação ao valor do crédito”, diz Buss.

O especialista pede ao produtor que fuja da chamada venda casada durante a contratação dos recursos. “Não há a obrigação de se contratar nenhum outro serviço junto aos bancos, como títulos de capitalização, seguro de vida ou planos de previdência. Isso não é exigência para o produtor acessar o crédito rural. Caso ele se sinta coagido nesse sentido, existe um canal do próprio Ministério da Agricultura para formalizar uma denúncia”, reforça o advogado.