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Etanol: aprovada linha de crédito de R$ 3 bilhões para estocagem

Recursos deverão estar disponíveis até o fim de junho e serão suficientes para armazenagem de de até 6 bilhões de litros do biocombustível

O BNDEs aprovou uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para financiar a estocagem de etanol por usinas. Os recursos, que serão disponibilizados em conjunto com bancos comerciais, deverão estar disponíveis até o fim de junho e serão suficientes para armazenagem de de até 6 bilhões de litros do biocombustível, de acordo com a instituição.

A liberação de recursos para estocagem figura entre as medidas que o setor vinha pedindo ao governo para não “entrar em colapso”, frente à drástica redução da demanda por etanol com a aplicação das medidas de isolamento social adotadas por estados e municípios.

As operações serão contratadas em conjunto entre o BNDEs e outros bancos, entre eles, o Banco do Brasil. O limite mínimo de financiamento para cada empresa é de R$ 10 milhões, com limite máximo de R$ 200 milhões. O prazo para pagamento é de 24 meses, com carência de até um ano, e O estoque de combustível poderá ser apresentado como garantia dos empréstimos e os pedidos poderão ser protocolados até 30 de setembro.

 

De acordo com o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético considera a concessão da linha de crédito insuficiente para atender as necessidades das usina. “Eu saúdo essa medida, mas quero ressaltar que não é aquilo que nós achávamos necessário. Precisaria ser uma linha mais avantajada e com condições de acesso mais favorecidas. Eu temo muito que somente uma parcela das empresas consiga ter acesso a esse crédito.

Jardim lembrou que outras medidas de proteção ao segmento foram solicitadas, como uma elevação  temporária do índice da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, como forma de dar mais competitividade ao setor ao longo do do período da pandemia. “Lamento que isso não tenha tido eco no governo. Como coordenador da Frente do Setor Sucroenergético, vamos continuar trabalhando junto com outras entidades para garantir que esse setor que dá tanto emprego, agrega tanta renda, é tao positivo ambientalmente, que ele realmente tenha a atenção devida”, disse.