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EUA e União Europeia estudam criar leis que podem prejudicar agro brasileiro

Segundo Silvia Fagnani, sócia da Think Brasil, até a definição das leis, o produtor brasileiro deve seguir preservando o meio ambiente

Um projeto de lei em tramitação no Congresso Americano pretende barrar a importação de produtos originários de regiões desmatadas, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e preservar florestas no mundo todo. Na mesma linha, a União Europeia deve apresentar em novembro um projeto que impede as importações de produtores que não comprovarem que seus produtos não vêm de áreas desmatadas.

Para Silvia Fagnani, sócia da Think Brasil, caso esses projetos avancem, podem trazer impacto para o comércio agrícola do Brasil com os norte-americanos e europeus.

“Temos que se preocupar com esses projetos. A sensação é de que são projetos feitos para o Brasil, pois nossa agricultura é bastante competitiva, tem uma biodiversidade muito grande e ainda fazem competição com esses países”, lembra.

Ainda de acordo com Silvia, as regras ambientais internacionais ainda precisam de um debate mais amplo antes de serem implementadas, pois há muitas diferenças do que está estabelecido pelo Código Florestal e pelo que está sendo proposto. Ela ainda ressalta que o Brasil pode recorrer a órgãos internacionais em caso de possíveis sanções ao comércio de produtos agro.

“As leis têm lados ambientais mas também econômicos, e isso pode criar barreiras comerciais para o Brasil, podendo as discussões parar ainda na Organização Mundial do Comércio (OMC). No entanto, é importante que o Brasil e os produtores continuem cumprindo suas leis ambientais”, finaliza.