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Ferramenta auxilia no combate a incêndios florestais em Mato Grosso

Sistema de Informação Geográfica (GIS) é uma tecnologia que permite capturar e compreender dados geográficos para revelar padrões e tendências

O Mato Grosso tem sofrido com incêndios e o Sistema de Informação Geográfica (GIS) é uma tecnologia que permite capturar e compreender dados geográficos para revelar padrões e tendências, sendo um dos principais sistemas geográficos usados no mundo. Essa ferramenta tem auxiliado no combate de incêndios florestais no Estado. Para falar sobre o funcionamento dessa ferramenta, o Rural Notícias entrevistou Marlon Suenari, especialista em agronegócios da Imagem Geosistemas.

“O GIS é um sistema como outras ferramentas disponíveis no mercado e que guarda informações geográficas, ou seja, características relacionadas ao ambiente produtivo, desde relevo, tipo de solo, ambiente ou mesmo características climáticas. Isto faz com que o contexto em que você está trabalhando, no local, seja melhor entendido. Dessa forma, conseguimos entender melhor o contexto da produção onde ela se encontra”, conta o representante.

“Além dos históricos relacionados àquela área, nós temos monitoramento de satélites, onde nós recebemos informações já processadas dos focos de incêndio. O que se ganha com isso? Você conhecendo aquela região, suas características e como ela se apresenta no tempo e no espaço, você começa a trabalhar a prevenção e consegue combater os incêndios de modo muito mais efetivo. Prova disso é que muitas empresas de meteorologia utilizam o GIS para fazer esse tipo de trabalho”, acrescenta.

“Existem mapas que apresentam quais são os riscos de incêndio, como está aquela área em relação à umidade do solo. Então, todas essas variáveis são apontadas no sistema, e o sistema, dessa forma, consegue também trabalhar a prevenção”, diz Suenari.

“Em algumas empresas trabalhamos com soluções integradas, por exemplo, com monitoramento por câmeras. Nós buscamos informar com a maior precisão possível quais são as localidades com mais risco de incêndio, e havendo incêndio, essas câmeras e sensores, assim que conseguem triangular a posição, indicam aos brigadistas o lugar a que eles têm que ir e o melhor caminho para combater o incêndio”, explica.

“Você tendo informações sobre umidade, as características sobre a cultura em que os locais se encontram, se existe uma quantidade de palha ou a biomassa, que é mais suscetível a incêndios, a gente consegue cruzar os dados e revelar qual é o risco daquela área. Uma das variáveis é que historicamente grande parte dos incêndios ocorre perto das estradas e que não acontecem de forma espontânea, mas sim por ação humana”, conclui.