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Brasil precisa desburocratizar produção de fertilizantes, defende Silveira

O Brasil é um dos países que mais consome fertilizantes do mundo, mas é responsável por apenas 2% da produção global desse tipo de insumo

O Brasil é um dos países que mais consome fertilizantes do mundo, mas é responsável por apenas 2% da produção global desse tipo de insumo. No país, 94% do cloreto de potássio e 51% do fósforo consumido vêm de fora.

Segundo o comentarista do Canal Rural Glauber Silveira, o Brasil vai consumir quase 44 milhões de toneladas de insumos na safra 2021/22. “O mundo está exigindo mais alimentos, e por características do nosso solo, precisamos de fósforo e potássio, principais nutrientes para soja. E nós importamos tudo isso”, diz.

Silveira diz que o Brasil tem potencial para produzir insumos. “Nós temos jazidas no país. Tem uma jazida em Autazes, na Amazônia, que se fosse explorada, poderia suprir 50% da demanda interna nos próximos dez anos. E por que não acontece? Por questões de licença ambiental, tem reserva indígena, é na Amazônia. Ou seja, a burocracia brasileira”, afirma.

Para o comentarista, atualmente, o Brasil é refém dos outros países, como China, Marrocos, Bielorrússia. “Não tem agricultura sem fertilizantes. A gente precisa amenizar esse impacto. Como está acontecendo com a China, que está com problemas de energia, e o preço dos fertilizantes disparou”.

Como solução, Glauber Silveira defende que o governo acabe com a burocracia e decrete as jazidas como áreas de interesse nacional, público, da sustentabilidade do país. “Essa é a solução, nós precisamos garantir os alimentos”.