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´Crise hídrica é um fator de preocupação para a economia no 2º semestre’

Na avaliação do economista Roberto Padovani, a crise hídrica é um tema popular e que terá desdobramentos no cenário político

Ao fazer uma análise sobre a economia brasileira, o economista Roberto Padovani diz esperar um segundo semestre com fundamentos do mercado sem nenhum quadro de ruptura. Por outro lado “do ponto de vista dos mercados financeiros, o movimento promete muita agitação para os próximos meses”, disse em entrevista ao Rural Notícias.

Na avaliação do economista, as variantes preocupam sim o mercado, mas não a ponto de comprometer um cenário mais pessimista. “Isso mostra o quanto os mercados estão sensíveis, pois a pandemia cria um ambiente instável e fica difícil de antecipar os desdobramentos dessa crise. Assim, os investidores ficam muito tensos com informações de curto prazo”, pontua.

De acordo com Padovani, muito além da pandemia, a economia no Brasil pode ser abalar por fatores que ele considera mais concretos, como a crise hídrica.

“A questão da crise hídrica é um tema popular e que terá desdobramentos no cenário político. Podemos ter apagões localizados e a agricultura deve sentir isso. O governo terá que anunciar um plano de contingenciamento diante da situação”.

“Esse será um tema relevante para os próximos 6 meses e tende a tornar o ambiente econômico mais ruidoso. No entanto, a crise hídrica não será o principal fator de reajuste em termos de estabilidade para o dólar e juros”, analisa.