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Senador propõe que indústrias de saúde animal ajudem a produzir vacinas contra a Covid

Wellington Fagundes irá discutir o envolvimento de indústrias de saúde animal na produção de vacinas em comissão no Senado

Uma comissão especial do Senado Federal irá discutir a possibilidade de laboratórios que produzem vacinas voltadas para a saúde animal também auxiliem o Brasil na confecção dos imunizantes contra a Covid-19. O requerimento para debater o tema foi apresentado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), que será relator da comissão. “O momento é crítico e temos que buscar alternativas”, disse, em nota, o senador.

Segundo informações do gabinete do senador, a reunião para tratar do assunto deve acontecer ainda esta semana. Além da Indústria de Produtos para Saúde Animal, devem participar representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura; Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; da Diretoria do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Fagundes disse que esteve reunido com representantes do setor durante o final de semana e recebeu deles informações valiosas “para a produção local de um volume expressivo de vacina para a população brasileira”. Inclusive, existe a possibilidade de o Brasil multiplicar as células para produção de vacinas.

Em documento encaminhado ao senador, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) observa que o setor possui três plantas industriais com nível de biossegurança classificado com NB3+, que, com pequenos ajustes, podem operar em categoria máxima, a NB4, própria para fabricação de vacinas humanas. Essas plantas dispõem de “capacidade instalada para atender a demanda de vacinação em todo país”.

Na defesa dos debates, o relator da Comissão Especial da Covid-19 lembrou que atualmente a produção de vacinas, com o IFA importado, se encontra restrito ao Instituto Butantan e também à Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O vice-presidente Executivo do Sindan, Emílio Salani, admitiu no documento a possibilidade de se produzir centenas de milhões de doses”.

“Essa discussão precisa ser com todos esses organismos, porque as reuniões já vêm acontecendo. Estamos tratando de uma alternativa extremamente importante para o Brasil. Temos condições de fabricar essas vacinas aqui, em 90 dias, segundo o Sindan, prazo a ser contado a partir da transferência de tecnologia” – frisou Fagundes.