Internacional

Nova Zelândia quer taxar gases de vacas e ovelhas

Segundo autoridades, a medida é uma tentativa de combater uma das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa do país

Nesta quarta-feira (8), o governo da Nova Zelândia divulgou um projeto para taxar gases de arrotos emitidos por vacas e ovelhas em fazendas do país.

De acordo com autoridades, a medida tem caráter ambiental e tem como objetivo inibir o aumento da emissão de gases.

Caso o projeto vire lei, a Nova Zelândia se tornaria o primeiro país agrícola do mundo a taxar produtores por emissões de gás metano de animais.

Atualmente, 5 milhões de pessoas moram na Nova Zelândia. O país conta com um rebanho de 10 milhões de bovinos e 26 milhões de ovelhas. Segundo a justificativa do projeto, metade das emissões de gases da Nova Zelândia vem do agronegócio, principalmente o metano.

“Não há dúvida de que precisamos reduzir a quantidade de metano que estamos colocando na atmosfera, e um sistema eficaz de precificação de emissões para a agricultura vai desempenhar um papel fundamental em como conseguiremos isso”, disse James Shaw, ministro de Mudanças Climáticas da Nova Zelândia.

De acordo com a proposta, os pecuaristas terão de pagar por suas emissões de gases a partir de 2025. O dinheiro arrecadado, segundo o governo, vai ser investido em pesquisa e desenvolvimento de serviços para agricultores.

O metano é o segundo gás de efeito estufa mais comum, depois do dióxido de carbono (CO2). É um dos mais potentes e responsável por um terço do aquecimento atual das atividades humanas. De acordo com cientistas, moléculas individuais de metano têm um efeito de aquecimento mais poderoso na atmosfera do que moléculas individuais de CO2.

Na COP26, realizada na Escócia, em 2021, Estados Unidos e a União Europeia concordaram em reduzir as emissões do gás em 30% até 2030. Mais de cem países, incluindo o Brasil e a Nova Zelândia, também aderiram à iniciativa.