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Mercado de soja e milho aguarda relatório do USDA; veja notícias desta terça

As exportações brasileiras desses grãos dão sinais de que não há mais disponibilidade; já os embarques de carne bovina estão crescendo

  • Boi: indicador do Cepea chega ao maior valor em um mês e meio
  • Milho: preços seguem em alta na abertura da segunda semana do ano
  • Soja: bushel cai em Chicago mas dólar garante valorização no Brasil
  • Café: cautela com coronavírus gera novas baixas em Nova York
  • No exterior: mercados tentam recuperação de olho em avanço da pandemia
  • No Brasil: dólar fica acima de R$ 5,50 pela primeira vez desde início de novembro

Agenda:

  • Brasil: IPCA de dezembro (IBGE)
  • Brasil: INPC de dezembro (IBGE)
  • EUA: relatório de janeiro de oferta e demanda mundial e dos EUA (USDA)

Boi: indicador do Cepea chega ao maior valor em um mês e meio

O indicador do boi gordo do Cepea passou de R$ 279,50 para R$ 284,70 por arroba, maior valor desde 26 de novembro. A alta diária foi de 1,86%. No ano, a cotação já acumula uma valorização de 6,57%.

Na B3, o contrato para janeiro passou de R$ 282,45 para R$ 285,60 por arroba.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na primeira semana de janeiro, foram exportadas 40,68 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. Um resultado de 8,14 mil toneladas por dia útil, 26% maior que a média registrada em dezembro e 53% acima do observado em janeiro do ano passado.

Milho: preços seguem em alta na abertura da segunda semana do ano

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do milho negociado no mercado brasileiro se mantiveram em alta na abertura da segunda semana do ano. O consultor Paulo Molinari aponta que há falta de oferta. Em Campinas (SP), a saca subiu de R$ 85,50 para R$ 86.

Na primeira semana de janeiro, o Brasil exportou um total de 641 mil toneladas de milho, resultando em uma média diária de 128,26 mil toneladas. Dessa forma, o número ficou 44% abaixo do observado em dezembro e, assim sendo, começa a dar sinais de esgotamento da oferta no mercado interno.

Soja: bushel cai em Chicago mas dólar garante valorização no Brasil

O dia foi de leve baixa da soja negociada em Chicago, com cautela em relação ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado nesta terça-feira, 12.

Porém, com novo avanço do dólar em relação ao real, os preços no Brasil tiveram altas. Em Passo Fundo (RS), a saca saiu de R$ 163 para R$ 167. No porto de Paranaguá, subiu de R$ 168 para R$ 169.

A falta de soja no Brasil ficou mais uma vez evidenciada nos dados da balança comercial. Desta vez, na primeira semana de janeiro, foram exportados apenas 58 quilos de soja para fora do país. Isso representa uma queda de 100% em relação ao mês passado e a janeiro de 2020, ou seja, basicamente não há comparação com resultados anteriores.

Café: cautela com coronavírus gera novas baixas em Nova York

O dia de negócios do café arábica na Bolsa de Nova York foi marcado por alta volatilidade, mas com as baixas predominando durante o pregão. O motivo principal foi o aumento do risco nos mercados globais causado por preocupações em relação ao avanço do coronavírus.

Com a queda no exterior, mas com alta do dólar em relação ao real, as cotações no mercado doméstico brasileiro ficaram praticamente estáveis. Segundo a Safras & Mercado, as volatilidades da bolsa e do câmbio travaram o mercado.

No exterior: mercados tentam recuperação de olho em avanço da pandemia

Os mercados globais ensaiam uma tímida recuperação após as quedas de segunda-feira, 11, mas seguem monitorando de perto o avanço da pandemia, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa. Apesar do início das vacinações, o número de casos e de óbitos segue aumentando de maneira preocupante.

Do lado político, há incerteza em relação ao movimento do partido Democrata nos EUA de tentar abrir um novo processo de impeachment contra o presidente Donald Trump mesmo faltando apenas uma semana para o fim de seu mandato.

No Brasil: dólar fica acima de R$ 5,50 pela primeira vez desde início de novembro

A cautela no exterior em virtude do avanço do coronavírus e a preocupação com o risco fiscal no Brasil impulsionaram a cotação do dólar. A moeda norte-americana subiu 1,61% em relação ao real e ficou cotada a R$ 5,5036. Os investidores monitoram se o governo federal irá propor um novo programa de auxílio à população, mas que seja compensado por alguma outra despesa.

Na agenda de indicadores econômicos desta terça, o destaque é o IPCA de dezembro de 2020 que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é importante para o mercado de juros renovar as apostas para a taxa Selic nos próximos meses.