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Milho: importação precisa ser 'bem dosada' para não desestimular plantio, diz Abramilho

Para o presidente institucional da entidade, isenção de tarifa de importação sobre o cereal é elemento novo no mercado, que causa certa apreensão a produtores

Abertura Nacional da Colheita do Milho
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

O presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesario Ramalho da Silva, disse que a importação de milho tem que ser “muito bem dosada” e “equilibrada” para que não desestimule o plantio da safra 2020/2021 do cereal, que começa a ganhar ritmo.

“Não podemos negar que a medida (isenção de imposto) é um elemento novo no mercado, que causa certa apreensão a nós produtores”, disse Ramalho da Silva, em nota.

O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu na sexta-feira, 16, em reunião extraordinária, a partir de propostas apresentadas pelos ministérios da Agricultura (sobre a soja) e da Economia (sobre o milho) zerar a alíquota do imposto de importação para o complexo soja (grão, farelo e óleo de soja) e para o milho a fim de manter o equilíbrio na oferta desses produtos no mercado doméstico.

A suspensão temporária do imposto de importação para soja (grão, farelo e óleo) valerá até 15 de janeiro de 2021. Já em relação ao milho, as importações brasileiras sem taxas vão até 31 de março de 2021.

Conforme Ramalho da Silva, a demanda por milho vem crescendo de forma significativa nas safras mais recentes, e as exportações “tiveram um impulso a mais” neste ano com a valorização do dólar, ao mesmo tempo que a indústria de carnes também tem no grão o seu principal insumo.

“Isso prova a competência do produtor brasileiro que ano a ano incorpora novas tecnologias, obtendo ganhos de produtividade, bem como grãos cada vez mais de melhor qualidade”, disse, na nota.