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Soja, milho e café batem recordes de preços; veja notícias desta quarta

Já a arroba do boi gordo não consegue avançar muito por causa da demanda interna enfraquecida

  • Boi: arroba segue com dificuldade de maiores avanços
  • Milho: indicador do Cepea renova recorde
  • Soja: cotações atingem nova máxima histórica com Chicago e dólar
  • Café: arábica encosta em R$ 750 por saca, maior patamar da série
  • No exterior: mercados tentam se recuperar de queda de ontem
  • No Brasil: Banco Central segue atuando no câmbio

Agenda:

  • Brasil: PIB do quarto trimestre de 2020 (IBGE)
  • Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
  • EUA: posição dos estoques de petróleo (DoE)

Boi: arroba segue com dificuldade de maiores avanços

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do mercado físico do boi gordo apresentaram poucas mudanças. Apesar de escalas de abate encurtadas, as cotações não avançam como nas semanas anteriores e os negócios estão escassos. A demanda interna segue prejudicada, mas pode ter recuperação com a nova rodada de auxílio emergencial. Dessa forma, a arroba continua cotada a R$ 305 em São Paulo.

No mercado futuro, o dia foi de novos avanços. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 305,35 para R$ 305,40, do abril foi de R$ 301,50 para R$ 302,50 e do maio subiu de R$ 296,20 para R$ 297,65 por arroba. Pelo terceiro dia consecutivo, os contratos renovaram a máxima histórica de fechamento.

Milho: indicador do Cepea renova recorde

O indicador do milho do Cepea renovou o recorde da série histórica em mais um dia de alta dos preços. A cotação variou 0,61% em relação ao dia anterior e passou de R$ 85,59 para R$ 86,11 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 12,86%. Em 12 meses, os preços alcançaram 47,69% de alta.

Na B3, o comportamento foi um pouco distinto e a curva teve desempenho misto. As cotações dos contratos futuros ainda parecem não ter força para romper os R$ 90 por saca. O vencimento para março passou de R$ 87,98 para R$ 87,67 e o para maio subiu de R$ 88,71 para R$ 88,89 por saca.

Soja: cotações atingem nova máxima histórica com Chicago e dólar

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de alta expressiva e registrou uma nova máxima histórica nominal. O impulso veio do dólar e de Chicago. A cotação variou 1,41% em relação ao dia anterior e passou de R$ 168,96 para R$ 171,34 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 11,33%. Em 12 meses, os preços alcançaram 89,75% de valorização.

No exterior, os contratos futuros de soja negociados em Chicago tiveram um dia de forte recuperação após três pregões de baixas. Dessa maneira, a cotação voltou a ficar acima de US$ 14 por bushel, patamar que havia sido perdido no dia anterior. O mercado segue preocupado com o clima na América do Sul.

Café: arábica encosta em R$ 750 por saca, maior patamar da série

O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, também marcou um novo recorde dentro da série histórica. A cotação variou 0,2% em relação ao dia anterior e passou de R$ 747,32 para R$ 748,8 por saca. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 23,42%. Em 12 meses, os preços alcançaram 40,35% de valorização.

O movimento foi em grande parte influenciado pela nova alta do dólar em relação ao real, já que as cotações em Nova York recuaram pelo terceiro dia consecutivo. O vencimento para maio caiu 1,44% e passou de US$ 1,358 para US$ 1,3385 por libra-peso.

No exterior: mercados tentam se recuperar de queda de terça

Mantendo a volatilidade em níveis altos, as bolsas globais abrem o dia em alta tentando se recuperar das quedas desta terça-feira, 2. Os investidores seguem monitorando a dinâmica dos títulos do Tesouro norte-americano. O vencimento para dez anos recuou a 1,4% na terça, após superar 1,6% na semana passada.

De acordo com o presidente Joe Biden, a expectativa é que os Estados Unidos vacinem todos os adultos do país até o final de maio. A primeira projeção era que isso ocorresse apenas no início de agosto. A agenda econômica segue esvaziada, então os mercados focam no cenário político e miram a aprovação do pacote de estímulos no Senado norte-americano.

No Brasil: Banco Central segue atuando no câmbio

Com a piora da percepção dos investidores quanto ao risco fiscal e a pressão vinda do exterior, o Banco Central precisou atuar novamente no mercado de câmbio para tentar reduzir a volatilidade do dólar. A cotação da moeda norte-americana chegou a ultrapassar os R$ 5,73 na máxima do dia. No final da tarde, após a entrega do relatório da PEC Emergencial, a pressão diminuiu.

Portanto, o dólar teve uma alta menos acentuada do que teria sem a atuação do Banco Central e subiu 1,17%, de R$ 5,6006 para R$ 5,666. O mercado segue monitorando como o Congresso Nacional e o governo federal vão equalizar a nova rodada de auxílio emergencial dentro do Teto dos Gastos.