Nacional

Minas Gerais tem risco de desastres naturais

Volume dos últimos quatro meses é quase o volume anual em algumas cidades

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) fez a capital de Minas Gerais acumular mais de 70% da chuva anual em menos de quatro meses. De 1° de outubro de 2022 a 8 de janeiro de 2023, o acumulado de chuva foi de 1.071,4 milímetros, sendo que a média anual é de 1.578 milímetros. Belo Horizonte corre risco de desastre natural por causa do solo encharcado. Além disso, outros pontos mineiros têm sofrido com as chuvas. Já são mais de 900 desabrigados em Muriaé, no sudeste do estado, por exemplo.

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De acordo com as prefeituras de Minas Gerais, deslizamentos de terra, inundações e alagamentos atingem as cidades. Dessa forma, a situação preocupa, pois a chuvarada ainda não vai embora nesta semana. Existem bloqueios na BR-365 em decorrência dos alagamentos. Enquanto isso, a cidade São Paulo vive uma sequência de dias frios que não era vista desde o verão de 1979. Nesse sentido, a capital paulista encarou três dias consecutivos com máximas iguais ou inferiores a 21°C — e isso em pleno verão.

A presença da ZCAS ainda garante um amanhecer chuvoso no Brasil Central e a presença de muita nebulosidade numa área que vai desde o sul do Pará até Minas Gerais, passando, a saber, por Goiás e Distrito Federal. Pancadas de chuva também se espalharam na manhã desta segunda-feira (9) no Tocantins, no sul paraense e em pontos isolados do Amazonas e do Piauí.

Mais chuva forte em Minas Gerais

chuva - sete alertas meteorológicos
Foto: Unsplash

Tempo instável ainda no Sudeste e chuva se espalhando mais sobre o Paraná e Mato Grosso do Sul. A ZCAS se desconfigura nesta terça-feira (10), mas toda a circulação dos ventos e a umidade ainda presentes na atmosfera provocam chuva forte pelo Brasil. Mais sol, intercalando períodos de chuva forte no sul de Minas Gerais, leste e nordeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O potencial de transtornos aumenta nessas áreas — inclusive em localidades mineiras.

Nos próximos dias, destaque para o retorno do calor de verão nos estados do Sudeste. Entre o Norte e o interior do Nordeste, pancadas de chuva forte, com períodos de melhoria e tempo abafado. Bastante sol no sertão nordestino e tempo seco no oeste do Rio Grande do Sul, que ainda sofre com baixa umidade relativa do ar. Chove forte no leste catarinense, onde pode ventar durante o dia.

A chuva se espalha novamente sobre a região Sul, em especial no Rio Grande do Sul, a partir de quinta-feira (12). O potencial de transtornos segue alto em áreas do Sudeste. Lembrando que boa parte da região sudestina, Goiás e Mato Grosso seguem com solo saturado, devido aos últimos episódios de chuva entre o fim de dezembro e esta primeira semana de janeiro de 2023.

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