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Boi gordo: preço cai até 1,6% na semana e tendência é de baixa, diz Safras

De acordo com a consultoria, as escalas de abate confortáveis dão margem para a indústria pressionar as cotações e a boa condição do pasto limita perdas

arroba do boi gordo, carne bovina
Com as quedas, a arroba do boi gordo fechou a sexta-feira abaixo dos R$ 200. Foto: Comex do Brasil/divulgação

A arroba do boi gordo perdeu força na segunda semana de março, conforme levantamento da Safras & Mercado. A consultoria diz que os valores estavam acomodados, porém, na quinta-feira, 12, os frigoríficos passaram a exercer mais pressão sobre os pecuaristas. “A expectativa ainda é por alguma queda das indicações no curto prazo, avaliando um posicionamento mais confortável das escalas de abate, espaçadas entre quatro e seis dias úteis.”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.

No entanto, segundo a consultoria, os pecuaristas ainda contam com uma capacidade de retenção do gado no pasto muito importante, avaliando a ótima condição das pastagens neste primeiro trimestre por conta de um regular regime de chuvas. “Sendo assim, este é, sem dúvida, um grande limitador de movimentos mais agressivos de queda nos preços do boi gordo”, pontuou Iglesias.

Veja a comparação dos preços da arroba do boi gordo na modalidade à vista nas principais praças em 5 e 12 de março:

  • São Paulo: passou de R$ 201 para R$ 199 (-0,99%)
  • Goiânia (GO): passou de R$ 193 para R$ 191 (-1%)
  • Uberaba (MG): passou de R$ 195 para R$ 190 (-1,5%)
  • Dourados (MS): passou de R$ 193 para R$ 190 (-1,54%)
  • Cuiabá (MT): passou de R$ 192 para R$ 190 (-1,6%)

Exportações

As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 127,6 milhões em março (5 dias úteis), segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total embarcada chegou a 28,4 mil toneladas e o preço médio da tonelada ficou em US$ 4.487,80.

Na comparação com fevereiro, houve baixa de 7% no valor, perda de 7,4% na quantidade e alta de 0,4% no preço. Em relação a março de 2019, houve ganho de 10% no valor, queda de 8,8% na quantidade e ganho de 20,7% no preço médio.