Boi

Embargo chinês aparece como fator de pressão nos preços do boi gordo

Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 327 a arroba; em Uberaba (MG), a arroba ficou em R$ 310

O mercado físico de boi registrou preços pouco alterados nesta segunda-feira.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o viés segue negativo neste início de semana, diante de alguns fatores.

O primeiro é que os frigoríficos seguem operando com escalas de abate muito confortáveis, aumentando a capacidade de testar o mercado.

O segundo fator é o processo de valorização do real, que vem tornando a conta das exportações menos atraente.

O terceiro fator baixista é o recente comportamento chinês, que suspendeu a importação de proteína animal brasileira em algumas unidades frigoríficas, diante da alegação que foi encontrada a presença da proteína da Covid-19 em embalagens.

“Este argumento já fui utilizado anteriormente. De qualquer maneira esse tipo de situação produz ruídos no comportamento dos frigoríficos exportadores na compra de gado, aumentando a pressão de queda sobre os preços da arroba”, assinalou Iglesias.

Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 327 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 296. Em Uberaba (MG), a arroba ficou em R$ 310.

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Foto: Giro do Boi/reprodução

Atacado

No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis para a carne bovina.

Segundo Iglesias, há pouco espaço para reajustes neste momento, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.

A preferência da população ainda recai sobre proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos.

O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,90 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,70 por quilo. A ponta de agulha teve preço de R$ 16 por quilo.