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Pasto com altura adequada mitiga gases de efeito estufa, diz Embrapa

De acordo com estudo promovido pela instituição, a emissão de metano por bovinos em áreas com pastagem correta foi 30% menor

Segundo uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), realizar o manejo correto do pasto proporciona a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, ainda garante ao pecuarista resultados produtivos satisfatórios, equilibrando a estabilidade de boas forrageiras e o bom desempenho animal.

Foto: Felipe Rosa

Os estudos conduzidos pela Embrapa em área de integração lavoura-pecuária, com pasto em altura adequada, segundo recomendações técnicas, mostrou que o gado emitiu 30% menos metano em comparação aos índices preconizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, o IPCC.

De acordo com a Cristina Genro, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, quando os pastos são manejados segundo recomendações técnicas, os animais emitem menos metano e o solo acumula mais carbono. Com isso, quando é feito o balanço do que foi emitido de carbono com o que foi fixado pelas plantas, a pecuária é considerada de baixa emissão do elemento ou apresenta resultado neutro, ou seja, reabsorve todo o carbono que ela mesma emite.

“É uma pecuária que está produzindo uma carne limpa em termos ambientais, de excelente qualidade e valor nutricional, inclusive com perfis de ácidos graxos benéficos à saúde humana, como já foi atestado em outros estudos da Embrapa que relatam a grande presença de ômega 3 e de ácido graxo linoleico conjugado (CLA) na carne de animais criados a pasto, este último com comprovado efeito anticarcinogênico”, completa a pesquisadora.

A pesquisadora da Embrapa Márcia Silveira, revela que é fundamental o monitoramento da altura da pastagem rotineiramente. No caso de pastagens naturais sugere-se medir a altura dos pastos uma vez ao mês, no outono e inverno, e a cada 15 dias na primavera e no verão.

No caso de pastagens nativas melhoradas por fertilização e sobressemeadas com espécies cultivadas de inverno, a recomendação é que a medição seja feita pelo menos quinzenalmente durante todo o ano.

Silveira ainda relata que é necessário controlar a quantidade de animais por hectare para manter a altura do pasto dentro do recomendado. Se a lotação de animais for acima do esperado, o gado perde desempenho e emite mais metano por área, além do pasto diminuir a capacidade de fixação do carbono no solo.

Segundo o produtor e engenheiro-agrônomo Marcelo Fett Pinto, as medições da altura do pasto podem ser realizadas com o uso de ferramentas simples como uma régua ou um bastão medidor de altura de pasto.

“Na prática, e após algumas medições, calibramos o olho com boa precisão para as alturas dos pastos (nativos e cultivados), podendo nos valer de referências campeiras, como a altura do pasto em relação ao casco do cavalo, aos bichos de campo como a lebre, à bota, etc., mas lembrando que o importante é sempre que possível ter pasto, seja a avaliação da forma que for”, destaca Fett Pinto.

bastão medidor de altura de pasto
Foto: Divulgação/Embrapa

O manejo correto da pastagem pode ter resultados expressivos no ganho animal. “O que, consequentemente, diminui mais ainda em termos de emissão de metano. Isso quer dizer que, manejando o pasto em uma altura adequada, vamos produzir mais carne, conservando o solo, ter uma colheita mais eficiente dessa forrageira e, em consequência, contribuir na redução da emissão de gases de efeito estufa para o meio ambiente”, diz Cristina Genro.

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