Boi

Exportação de carne bovina angus supera recorde anterior em 31%

Segundo a Associação Brasileira de Angus, o principal destino da proteína certificada foi a China, que comprou mais de 40% do total embarcado

Angus boi
Foto: Associação Brasileira de Angus

A exportação de carne bovina angus certificada bateu recorde em 2020. De acordo com a Associação Brasileira de Angus, de janeiro a novembro deste ano, foram embarcadas 531.528 toneladas, alta de 31% em relação ao recorde anterior, registrado em 2017, quando foram exportadas 405.817 toneladas. O principal comprador foi a China, com 43,7% do total.

“Apesar da pandemia, conseguimos nos posicionar no mercado, mostrando que somos produtores e exportadores de carne de alta qualidade e com valor agregado”, avalia a gerente do Programa Carne Angus Certificada, Ana Doralina Menezes.

Para ela, o resultado das vendas sinaliza a valorização da carne premium brasileira e confirma a excelência dos produtos que estampam o selo verde-amarelo da Angus. “Nosso objetivo é conquistar cada vez mais novos mercados pelo mundo. Por isso, em 2021, seguiremos trabalhando do campo aos frigoríficos para entregar uma carne com qualidade diferenciada e padronização de ponta”, diz a gerente.

Assim que a pandemia permitir, a associação também planeja intervenções no exterior para abrir novos mercados para o angus do Brasil, que já chegou a países exigentes, como a Alemanha, e tem clientes fiéis nos países árabes.

Angus em crescimento

Em 2020, a raça também registrou expansão no número de carcaças certificadas pelo Programa Carne Angus dentre o universo de animais recebidos nas unidades frigoríficas parceiras. Conforme levantamento, de janeiro a outubro, a porcentagem de certificação saltou de 69%, em 2019, para 72%, em 2020.

O balanço ainda sinalizou para crescimento na produção de cortes por carcaça. O aproveitamento dos animais certificados teve alta de 25%. Segundo Ana Doralina, a expansão foi de 72,5 quilos para 90,6.

“Essa quantia é bastante significativa, já que tivemos um ano de incremento nas exportações. Dentro dos frigoríficos, acabamos disputando os cortes entre mercado interno e externo por questão de valor”, avalia.