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Leite: 'Laticínios não conseguem repassar alta do preço pago ao produtor'

A perspectiva é de melhora nas cotações, mas há hesitação nas duas pontas da cadeia de suprimento, de acordo com o Rabobank

Preço do leite segundo Deral
No Brasil, laticínios enfrentaram dificuldades em 2019, com preços mais altos ao produtor de leite e fraca demanda. Foto: Pixabay

Os preços ao produtor de lácteos estão em alta nas principais regiões produtoras do mundo, mas a capacidade dos laticínios de repassar esse aumento ao longo da cadeia de suprimentos até o consumidor representa um desafio, diz o Rabobank em relatório trimestral sobre o setor. Segundo o banco, boa parte do mundo está se recuperando de, passando por ou prestes a entrar em algum grau de recessão.

Produtores de lácteos em todo o mundo vinham esperando nos últimos anos que os preços voltassem aos níveis de 2014. Agora que o mercado está se aproximando desses níveis, há incertezas sobre a capacidade dos consumidores de absorver esses aumentos, diz o banco.

A perspectiva é de melhora dos preços ao produtor, mas há hesitação nas duas pontas da cadeia de suprimento, de acordo com o Rabobank. Apesar da melhora dos preços, muitos produtores devem enfrentar dificuldade para expandir rapidamente seus rebanhos, diz o banco.

Em algumas regiões, essas limitações são regulatórias; em outras, econômicas. Na União Europeia, por exemplo, regulamentações ambientais são um dos obstáculos para a expansão do rebanho leiteiro. Por isso, o banco estima que a produção de leite na região deve ter um crescimento modesto em 2020, mesmo em relação à fraca base de comparação do ano anterior.

No Brasil, laticínios enfrentaram dificuldades em 2019, com preços mais altos ao produtor e fraca demanda, que impediu o repasse das altas aos produtos finais, destaca o banco. Produtores brasileiros devem começar 2020 com margens mais apertadas e menos incentivo para investir, por causa dos custos mais altos de ração.

O Rabobank acredita que a demanda chinesa vai continuar crescendo no ano que vem, embora de maneira mais lenta no primeiro semestre devido aos amplos estoques e à base de comparação mais forte.

A produção de leite nas sete principais regiões produtoras do mundo deve continuar crescendo 1% ou um pouco menos nos próximos trimestres na comparação anual, até o primeiro trimestre de 2021, prevê o banco.

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