Pecuária

Rio Grande do Sul reforça vigilância para garantir status sanitário do agro

Estado busca ser reconhecido internacionalmente como livre de aftosa sem vacinação, título já conquistado no Brasil

O Rio Grande do Sul conquistou, no ano passado, o título de área livre de febre aftosa sem vacinação. Porém, apesar do reconhecimento interno, concedido pelo Ministério da Agricultura, para avançar em alguns mercados internacionais, o estado precisa do aval da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O governo gaúcho não está poupando esforços para conquistar a aprovação internacional. Entre as medidas tomadas para garantir a sanidade da pecuária e da agricultura locais, um dos investimentos estratégicos é na vigilância das fronteiras.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) lança nesta quinta-feira, 28, o Projeto Guaritas, que utilizará barreiras volantes em pontos de entrada do estado, além de seis postos fixos de divisa com Santa Catarina.

“Vamos focar naquele transportador mal intencionado com carga irregular, que pode vir desviando dos postos oficiais”, afirma o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da secretaria, Francisco Lopes.

O município escolhido para sediar a cerimônia de inauguração foi Vacaria, localizado no nordeste rio-grandense, a cerca de 266 quilômetros da capital gaúcha, Porto Alegre.

projeto guaritas
Foto: Seapdr

Como vai funcionar o projeto no Rio Grande do Sul?

Guaritas organizará equipes de fiscalização que irão realizar atividades volantes de vigilância em qualquer ponto de entrada no estado, tanto nos pontos fixos de divisa quanto nos mais de 50 pontos de passagem por rodovias ou balsas existentes na fronteira entre os dois estados. “Será uma atividade periódica, contando com o fator surpresa na tentativa de coibir o trânsito irregular de cargas interestaduais”, complementa Lopes.

Inspirado no Programa Sentinela, o Guaritas vai atuar em 97 municípios, divididos em dois blocos. Contará com a vigilância em sanidade animal, que é o foco do Sentinela, e também com vigilância na área vegetal.

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Em rosa e amarelo, os dois blocos de atuação do Projeto Guaritas. Foto: Seapdr

Serão investidos R$ 82,9 mil, via Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa), para a execução do projeto.