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Pesquisadores da Embrapa estão entre os mais influentes do mundo, aponta estudo

Estudo conduzido pela Universidade de Stanford considerou carreira, produção científica em 2019 e os que se destacam entre os 2% melhores em suas áreas de conhecimento

Foto: Embrapa Soja

Dezessete pesquisadores de 12 unidades da Embrapa de norte a sul do Brasil estão entre os mais influentes do mundo, de acordo com estudo realizado pela Universidade de Stanford (Estados Unidos) e publicado no Journal Plos Biology. O estudo utilizou as citações da base de dados Scopus para avaliar o impacto dos pesquisadores ao longo de suas carreiras, de 1996 até o final de 2019.

Segundo o pesquisador da Secretaria de Pesquisa e Desenvolvimento (SPD) da Embrapa, Renato Passos, a pesquisa é nova, mas, ao que tudo indica, veio para ficar. “Provavelmente é a maior e mais abrangente avaliação da produção científica individual feita até hoje”, explica. A base de dados que deu origem aos resultados contou com um total de 6.880.389 cientistas.

O banco de dados gerado pelo estudo traz informações padronizadas sobre citações – índice h (métrica amplamente utilizada em todo o mundo para quantificar a produtividade e o impacto de cientistas baseando-se nos seus artigos mais citados) e índice h ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto. Os cientistas são classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos.

O estudo inclui cientistas que estão entre os 100 mil mais influentes, de acordo com um índice composto de citação, e também os que se destacam entre os 2% com maior impacto em suas áreas de conhecimento, mas que não estão entre os 100 mil mais citados na base de dados. Esse recurso foi usado para incluir cientistas que, apesar de altamente influentes, atuam em áreas que normalmente apresentam citações menos numerosas.

Essas análises resultaram na definição de 17 pesquisadores da Embrapa, sendo que, deles, cinco estão entre os 100 mil mais citados (contanto suas carreiras como um todo), quatro figuram entre os 100 mil mais citados em 2019 (todos esses quatro estão entre os mais citados de suas áreas, na carreira), e oito estão entre os 2% mais entre citados de suas áreas em 2019 (veja quadro abaixo).

“Como a evolução da agricultura no Brasil se confunde com a história da Embrapa, pode-se dizer que todos eles, em suas respectivas áreas, colaboraram para fazer com que a agricultura mudasse radicalmente de patamar da década de 1970 para os anos 2.000. De importador de alimentos, o Brasil ocupa hoje uma posição de destaque no agro mundial e grande parte disso se deve à ciência feita por cada um deles”, afirmou a entidade em nota.

Confira abaixo a lista completa dos escolhidos: 

  • Robert Boddey (Embrapa Agrobiologia)
  • Henriette Azeredo (Embrapa Agroindústria Tropical)
  • Johanna Döbereiner  (Embrapa Agrobiologia in memorian)
  • Cristiane Farinas (Embrapa Instrumentação)
  • Renata Tonon (Embrapa Agroindústria de Alimentos)
  • Marcos Tavares Dias (Embrapa Amapá)
  • Morsyleide Rosa (Embrapa Agroindústria Tropical)
  • Rodrigo Mendes (Embrapa Meio Ambiente)
  • Rosires Deliza (Embrapa Agroindústria de Alimentos)
  • José Ivo Baldani (Embrapa Agrobiologia)
  • George Brown (Embrapa Florestas)
  • Antônio Panizzi (Embrapa Trigo)
  • Luiz Henrique Mattoso (Embrapa Instrumentação)
  • Mariangela Hungria (Embrapa Soja)
  • Jayme Barbedo (Embrapa Informática Agropecuária)
  • Dario Grattapaglia (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia)
  • Nand Kumar Fageria (Embrapa Arroz e Feijão in memorian)