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Plano Safra deve ter aumento de taxas e juros do Pronaf podem ficar entre 3% e 4%

O ministério, por outro lado, tenta aumentar o volume de recursos destinado à agricultura familiar

O Plano Safra 2021/2022 deve ter aumento nas taxas de juros, segundo apurou o Canal Rural em Brasília. O Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf), que hoje tem a taxa mínima em 2,75%, pode ter um reajuste e ficar entre 3% e 4%.

Mesmo com pedidos da  Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) para redução da taxa de juros para beneficiários do Pronaf para 1,75%, membros do governo admitem nos bastidores que o índice deve subir. Entre os motivos apresentados estão os aumentos dos custos financeiros.

A previsão otimista é que a taxa de juros mínima do Pronaf suba para a marca de 3% ao ano. Dessa maneira, permanece abaixo da taxa básica de juros, a Selic, que está em 3,5%. Para além da taxa mínima ofertada, os juros da agricultura familiar ainda devem seguir variando até 4%.

O objetivo do ministério é aumentar o volume de recursos destinado a esse público. Na safra atual, foram destinados R$ 33 bilhões aos pronafianos. No próximo ciclo, a intenção é disponibilizar entre R$ 36 bilhões e R$ 40 bilhões. No entanto, os números ainda não estão fechados.

Uma fonte da pasta da agricultura informou que, no momento, a ministra Tereza Cristina pede mais do que R$ 15 bilhões para equalização da taxa de juros. A nova cifra que se tenta alcançar junto ao tesouro nacional é de R$ 16,4 bilhões, número que, nos cálculos da equipe técnica, conseguiria gerar um plano safra com aumento de recursos a taxas de juros razoáveis.

As negociações internas devem ser encerradas somente na próxima terça-feira. Uma reunião do Conselho Monetário Nacional deve ser convocada para a quinta-feira seguinte, com a intenção de aprovar o crédito rural oficial do ciclo 21/22