Política

Mapa espera definição do próximo Plano Safra em até 25 dias

Para Marcos Montes é necessário pensar que o Plano Safra não é mais uma medida de impacto nacional; e o valor deve ser 'robusto'

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, disse que as tratativas para a definição do Plano Safra 22/23 devem se prolongar por mais alguns dias.

Montes estima que ainda serão necessários de 20 a 25 dias para que se chegue a um acordo sobre os recursos de incentivo ao setor agropecuário.

“Nós estamos estudando. Há reuniões sistemáticas já há algum tempo entre as equipes técnicas do Banco Central, da Economia, do Ministério da Agricultura, e isso vai caminhando e vai chegar a um momento, acredito que daí dentro de mais 20 dias, 25 dias, nós chegaremos a um denominador comum”, afirmou Montes, após o evento desta terça-feira (31), organizado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em comemoração aos 10 anos do Código Florestal.

Ainda segundo o ministro, “até então nós estávamos também trabalhando para completar o Plano Safra 21/22”. A tomada de crédito pelos agricultores com juros subsidiados está suspensa desde fevereiro.

A expectativa do setor era de que com a aprovação dos R$ 868,5 milhões vindos do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 1, de 2022, o Plano Safra fosse destravado, o que ainda não aconteceu.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro decretou o bloqueio de aproximadamente R$ 8,2 bilhões de diferentes áreas do Executivo.

Apesar de não ser um corte no orçamento dessas pastas, a medida serve para barrar possíveis execuções do dinheiro. Esse valor deve ser remanejado para outros fins, como a reabertura do Plano Safra atual e para dar início ao próximo. A estimativa divulgada pelo Ministério da Economia é de que R$ 1,2 bilhão será destinado para começar o Plano Safra 22/23.

No entanto, o remanejamento dos recursos ainda não foi oficializado e isso pode prolongar ainda mais as definições do próximo Plano Safra, já que o valor de R$ 1,2 bilhão irá balizar se o Executivo deve aplicar mais ou menos verbas para a equalização dos juros da próxima safra.

Para Marcos Montes é necessário pensar que o Plano Safra não é mais uma medida de impacto nacional, mas com repercussão mundial, e voltou a defender um Plano Safra robusto.

“Nós respeitamos e entendemos a questão fiscal que o Brasil vive, o Ministério da Economia, mas nós temos que buscar um Plano Safra forte, um Plano Safra robusto, porque será um Plano Safra que o Brasil precisa, mas também que o mundo precisa, e o Brasil tem essa responsabilidade”, completou.