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‘Potencial de energia eólica é 4 vezes maior em relação à matriz elétrica’

Durante participação em evento, ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o Brasil precisa aumentar a oferta de renováveis

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque afirmou que o Brasil precisa aumentar a oferta de outros tipos matrizes de energéticas limpas, além das hidrelétricas para não ficar tão vulnerável durante os períodos de seca e destacou o crescimento da geração eólica. A fala do ministro aconteceu durante o fórum Nacional Eólico, realizado nesta quinta, 29, de forma online.

O Brasil tem hoje uma das matrizes enérgicas mais limpas do mundo. Quase 83% de toda energia que produzimos vem de fontes renováveis. Durante o evento, o ministro Bento Albuquerque falou sobre o crescimento da oferta de energia eólica no brasil.

“O potencial da eólica é quase quatro vezes maior do que toda a nossa matriz elétrica atual. Durante as safras dos ventos, a eólica tem batido um recorde atrás do outro, chegando a abastecer quase 100% do Nordeste durante um dia inteiro. Em média, no ano passado, quase 10% de toda energia injetado no sistema integrado nacional veio de eólicas e esse número ainda vai crescer muito até 2024. Temos pelo menos mais 10 GW de capacidade instalada para entrar em operação”, disse o ministro.

Apesar de ser uma fonte limpa de geração de energia, as hidrelétricas dependem do volume de água e em períodos de seca, o país é obrigado a recorrer às termoelétricas que produzem uma energia mais cara e poluente.

Entre 2014 e 2016, a hidrovia Tiete-Paraná teve seu tráfego interditado para priorizar os reservatórios das hidrelétricas. Algo que deve acontecer de novo, já a partir de agosto, como disse o ministro da infraestrutura Tarcísio de Freitas em entrevista exclusiva ao Canal Rural.

“Quando a gente coloca na balança é melhor adotar esse tipo de ação. Vamos poupar água para que a gente possa ter energia. É melhor do que manter hidrovia operando, até porque para elas, nós temos modos substitutos e para a energia não”.

Ainda durante o evento, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, falou sobre a importância de tentar diminuir a dependência das hidrelétricas, aumentar a oferta das outras fontes limpas como eólica, fotovoltáica e biomassa e investir na construção de redes de distribuição.

“Estamos com R$ 6,5 bilhões em investimento no sistema de transmissão de energia, com previsão de antecipação de dois anos nas entregas dessas linhas de transmissão. São ações que destravam investimentos em novos parques e novas fontes, incluindo a renovável”, disse o governador.