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Preço do trigo ao produtor está no melhor patamar desde 2014

Segundo análise da Cogo Inteligência em Agronegócio, os preços do trigo devem se manter em alta no país mesmo com o avanço da colheita

Após anos com aperto nas margens para o trigo, os produtores brasileiros voltaram a ter margens positivas neste ano. Segundo análise de Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, no início da pandemia, o trigo que era cotado a US$ 200 a tonelada hoje está em US$ 295. De acordo com o analista, no cenário interno as cotações são vantajosas.

“O trigo vem acompanhando o preço do milho. Em setembro, mesmo em período de plena colheita, temos preços que chegam a R$ 93 e R$ 95 a saca. Esse é um valor muito bom, o melhor observado desde 2014. O produtor volta a ter margens de lucros após dezenas de ano sem rentabilidade “, destaca Cogo.

Ainda segundo o analista, ao contrário dos preços do milho que foram pressionados pelas importações, o trigo que vem de fora do Brasil está mais caro, e por isso não deve haver pressão de baixa nos preços durante a colheita. “O trigo a argentino chega ao Brasil por R$ 108,58 a saca, enquanto o cereal dos Estados Unidos vem cotado a R$ 129,79 reais. Com esse cenário temos espaço de sustentação dos preços”, diz.

Produção e área de trigo recordes

Com a recuperação da área plantada, que vem registrando expressivo crescimento desde 2019, o cultivo e a produção devem alcançar números inéditos em 2021, segundo Carlos Cogo.

“Tivemos uma produção recorde foi em 2016, com 6,7 mi de toneladas, e esse ano teremos mais uma safra recorde, com 8,5 mi de toneladas, que vem com aumento de área chegando a 2,7 milhões de hectares, com expressivo crescimento dos últimos três anos”.