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Prejuízos nas lavouras de grãos faz Farsul adiar levantamento de perdas

Entidade acredita que lançar documento em janeiro não é viável porque condições tendem a piorar ainda mais

O Rio Grande do Sul é uma das regiões mais afetadas pela estiagem na produção da safra 21/22 de soja. O estado já registra perdas consolidadas na lavoura. Em alguns municípios, produtores relatam que a rentabilidade em certos talhões não paga o custo de colheita com maquinário, combustível e mão de obra.

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) deve divulgar um levantamento completo no início de fevereiro, onde a colheita já terá avançado e será possível ter uma contabilidade mais precisa dos prejuízos. A entidade ressaltou que não fará o relatório em janeiro porque a situação ainda deve piorar nos próximos dias.

“Agora em janeiro fazer levantamento de perdas nos faz ter que refazer novos levantamentos com enormes correções ali na frente, em razão de que, infelizmente, as coisas continuam acontecendo. Nós vamos fazer isso no início de fevereiro, após ter levantamento oficial de perdas brutas de grãos no estado, mas nós já estamos preparados para números muito, muito grandes, na casa das dezenas de bilhões de reais”, comenta o economista-chefe da Federação, Antônio da Luz.

Auxílio federal nas lavouras

Entidades e representantes do setor no estado (Farsul, Fetag, Fecoagro, Federarroz e Aprosoja do Rio Grande do Sul) estão preparando um documento para pedir auxílio ao governo federal. Entre as solicitações está a prorrogação do prazo para pagamento dos contratos de crédito rural. “Pedimos a prorrogação de todos os vencimentos que ocorreram entre 15 de dezembro até este semestre [primeiro de 2022] e passe tudo para primeiro de julho para dar tempo de fazer um levantamento de campo”, conta.

A Farsul se reuniu com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para entender o cenário por região. “Nós estamos discutindo para fazer um levantamento, mas não por satélite e, sim, em campo, e com esse levantamento levantar as perdas das lavouras de maneira adequada e, dependendo do tamanho das perdas, nós podermos ter uma identidade com o Ministério da Agricultura e ver qual a melhor saída para cada tamanho de perda. Mas, primeiro, tem que acompanhar, município por município, e aguardar que os decretos de emergência sejam feitos por parte dos prefeitos e que sejam homologados”, acrescenta.