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Própolis pode reduzir tempo de internação por Covid-19, sugere estudo

Foram analisados 124 pacientes em Salvador, mas resultados ainda precisam ser revisados por pares e estudo mais amplo deve ser realizado para ter validade clínica

Abelhas produzindo própolis e mel
Foto: Pixabay

Um estudo realizado em parceria entre Apis Flora, Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e Hospital São Rafael, de Salvador (BA), identificou que um produto do agronegócio pode ter eficácia na diminuição do tempo de internação de pacientes com Covid-19. O ensaio clínico introduziu a ingestão de própolis em pacientes do Hospital São Rafael.

Dos 124 pacientes estudados, todos passaram pelo tratamento padrão, mas 40 deles receberam 400 mg/dia de própolis, outros 42 receberam 800 mg/dia e outros 42 não receberam nenhuma dose de própolis.

Conclusões do estudo aponta que o uso do própolis pode ser promissor na interferência na expressão de TMPRSS2, uma proteína da superfície celular envolvida na entrada e disseminação da Covid-19 no corpo humano. Outra conclusão é de que a substância pode interferir na ancoragem do vírus em outra proteína, a ACE2.

Segundo o estudo, que ainda precisa ser revisado por pares para ter validade clínica, quem não ingeriu própolis ficou cerca de 12 dias internado após o início do tratamento. Os outros dois grupos que receberam 400 mg e 800 mg ficaram, respectivamente, 7 e 6 dias internados.

Os resultados foram publicados na MedRxiv e serve apenas como indicativo para uma tese. Agora, devem ser realizados ensaios duplo cego com placebo e um grupo maior de pacientes.