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Seca no Rio Paraná pressiona valores da soja e milho, diz Bolsa de Rosário

De acordo com a Bolsa de Rosário, os preços em FOB dos grãos nos pontos de compra dos portos Up-River atingiram a maior diferença da história

As baixas históricas no nível do rio Paraná que atravessa a Argentina pressiona os valores FOB ofertados, ou seja, os preços FOB nos pontos de compra dos portos Up-River, tanto para soja quanto para milho desde então são os mais baixos entre os principais países exportadores, segundo a Bolsa de Cereais de Rosário.

No caso do milho, o preço FOB para embarque nos Estados Unidos tem se mantido superior aos preços da Argentina e do Brasil, e atualmente atinge US$ 269/t.

Segundo a Bolsa de Rosário, ao analisar as razões desse fenômeno, é possível fazer uma relação com a histórica seca que afetou o sul do Brasil. “Isso teve duas consequências; por um lado, o milho de segunda safra no país vizinho foi severamente afetado pela falta de água e a produção cairia 15% na safra atual, reduzindo a disponibilidade de grãos para exportação e elevando a preços “, disse a Bolsa de Cereais.

Por outro lado, o Paraná tem a pior retração em mais de 60 anos, o que gera custos logísticos que afetam os valores ofertados pelo milho nos portos de grãos de Rosário.

Atualmente, o preço FOB Rio Up-River está em US$ 230/t, enquanto em Paranaguá está em US$ 259/t, ou seja, uma diferença de US$ 29. Embora esse diferencial tenha diminuído nas últimas semanas, até o final de junho atingiu US$ 48/t, a maior diferença da história em favor do milho brasileiro, informou a Bolsa de Cereais.

Em relação ao preço FOB da soja, os valores ofertados para embarque próximo nos portos Up-River atingiram US$ 546,7/t no dia 18 de agosto. Apesar de estarem abaixo dos preços oferecidos nos portos do Golfo do México nos Estados Unidos e de Paranaguá no Brasil (564 e 555,5 dólares por tonelada, respectivamente), a diferença é consideravelmente menor do que a registrada no milho, segundo o relatório.