Soja: tensão entre China e EUA provoca baixa nas cotações em Chicago

Contratos para o grão com entrega em julho fecharam a US$ 8,35 o bushel, baixa de 1,35% em relação ao fechamento anterior

soja mãos
Foto: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta quinta-feira, 21, com preços mais baixos. Apesar das boas exportações semanais americanas, a crescente tensão entre China e Estados Unidos traz preocupação sobre a demanda asiática pela commodity americana.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 11,5 centavos ou 1,35% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,35 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,39 por bushel, com perda de 10,25 centavos ou 1,2%.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, nenhuma venda significativa de soja americana para os compradores da China foi anunciada nesta semana, frustrando a expectativa do mercado.

A avaliação é de que as acusações do governo Trump sobre a responsabilidade da China na disseminação do coronavírus e a possibilidade de o governo chinês anunciar uma nova lei de segurança para Hong Kong aumentaram a tensão entre os dois países. O temor é que haja reflexo na questão comercial e prejuízo para as exportações americanas de soja.

As preocupações suplantaram o bom resultado para as vendas líquidas semanais americanas. As exportações dos EUA referentes à temporada 2019/2020 ficaram em 1,205 milhão de toneladas na semana encerrada em 14 de maio. Isso representa uma elevação de 99% frente à semana anterior e uma elevação de 80% ante à média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 737,4 mil toneladas.

Para a temporada 2020/2021, foram 464 mil toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 900 mil e 1,5 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).