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Aumento de exportações à China melhora poder de compra de suinocultores, diz pesquisadora

A demanda crescente por carne suína no início de maio tem sustentado os valores do animal vivo, levando os frigoríficos a buscar novos lotes para abate

De acordo com um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP), a demanda crescente por carne suína no início deste mês tem sustentado os valores do animal vivo, levando os frigoríficos a buscarem novos lotes para abate.

Conforme a pesquisadora do CEPEA-Esalq/USP, Juliana Ferraz, dois fatores tiveram impacto sobre a elevação na procura pela carne suína: a celebração do Dia das Mães e a queda nos preços dos principais insumos para a atividade, como milho e farelo de soja. “Quando a gente pega o milho, principal insumo da atividade, o avanço foi de pouco mais de 27% em relação a abril”, disse Ferraz. A pesquisadora ainda aponta que, em comparação deste período com maio do ano passado, a valorização chega a cerca de 49%.

“É a melhor relação de troca desde novembro de 2020”, afirmou.

Sobre o farelo de soja, Ferraz relatou um avanço de quase 10% em relação a abril, enquanto a valorização alcança 18% em relação ao mesmo período de 2022.

“É o maior avanço no poder de compra do suinocultor desde muito tempo”, garantiu.

Ainda sobre o cenário de preços, a pesquisadora comentou a carne suína irá depender dos valores de outras proteínas animais,  como a bovina e a de frango.

Peste suína africana

“Apesar de a China não ter reportado casos de peste suína africana, a gente sabe por relatos de agentes do setor que estão tendo casos por lá”, disse.

Com isso, Ferraz afirmou que já tem sido sentido aumento de exportações da carne brasileira ao país asiático. “Nossas vendas já superam a casa dos 17%  em relação ao mesmo período do ano passado. Somente a China aumentou os embarques em 21%”, apontou ela.

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