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Atenção: ciclone extratropical está se formando perto do Sul do Brasil

Apesar de não ser um ciclone-bomba, o fenômeno deve provocar ventos fortes, superando 100 km/h em parte da região

Neste sábado, 19, o destaque é para a formação do ciclone extratropical entre a Argentina e o sul do Rio Grande do Sul, que dará origem a uma frente fria já no período da tarde. Esse ciclone extratropical é forte! Apesar de não ser um ciclone-bomba, seu centro de baixa pressão é muito baixo, o que ajuda a aumentar a velocidade do vento. Estão previstas fortes rajadas de vento, de mais de 100 km/h no sul e leste do Rio Grande do Sul, e de mais de 70km/h nas demais áreas da região Sul.

Atenção, pois essas chuvas vêm na forma de temporais (com raios, vento e queda de granizo) e com acumulados elevados de chuva do território gaúcho ao Paraná, com riscos de alagamentos e demais transtornos.

Do estado de São Paulo ao Rio de Janeiro, pegando grande parte de Minas Gerais e o sul do Espírito Santo, há riscos também de temporais, com acumulados também elevados, e com potencial para raios, rajadas de vento, queda de granizo, e formações de pontos de alagamentos. Há riscos para deslizamentos de terra, por conta dessa precipitação e do solo ainda estar encharcado pelas chuvas dos últimos dias. Aliás, essas instabilidades ocorrem mais no decorrer da tarde, pela influência de um corredor de umidade que vem da Amazônia e chega até o Paraná e o Sudeste do país.

A chuva também é forte e acontece ao longo do dia no Acre, Rondônia e o Amazonas, ainda pela atuação do Vórtice Ciclônico nos Altos Níveis da Atmosfera. Há riscos de trovoadas, rajadas de vento e eventuais quedas de granizo.

Do Amapá até parte do Centro-Oeste, passando pelo Maranhão, Piauí e Tocantins também há pancadas fortes de chuva, mas de maneira isolada, e concentrados mais no período da tarde. O mesmo acontece do centro do Espírito Santo ao litoral do Ceará e norte e leste do Rio Grande do Norte, pegando o sul da Bahia, onde as chuvas são mais isoladas e na forma de pancadas rápidas, sem grandes acumulados, ocorrendo mais no meio da tarde.

Por outro lado, o tempo será firme do centro norte da Bahia ao centro do Ceará, e entre o Mato Grosso ao oeste e noroeste do Mato Grosso do Sul.

Com relação às temperaturas, elas são altas de parte do Paraná até as Regiões Norte e Nordeste. Aliás, o calorão será maior na região Centro-Oeste mais uma vez. E por conta do tempo fechado, as temperaturas ficam mais amenas no Rio Grande do Sul e também pode acontecer no sul de Minas Gerais.

No decorrer do domingo, 20, a chuva não para entre o Rio Grande do Sul e o Paraná, os volumes de chuva prometem ser bem elevados, com riscos de alagamentos e mais deslizamentos de terra. As regiões com os maiores riscos são o centro e oeste de Santa Catarina e o oeste, sudoeste e sul do Paraná, mas não se descartam danos nas demais localidades. As chuvas são intensas, com raios, queda de granizo, e rajadas de vento de mais de 60 km/h. Atenção aos ventos constantes e que ficam em torno dos 80 km/h no sul e sudeste do Rio Grande do Sul, por conta ainda do ciclone extratropical que fica na costa.

Aliás, esses ventos do ciclone vão ajudar também a deixar o mar bastante agitado na costa do Rio Grande do Sul neste domingo, e há possibilidade para ressaca ao longo da segunda-feira por boa parte da costa do Sul.

Do Norte até o Sudeste, passando pelo Maranhão tem previsão de mais temporais, em especial no período da tarde. A chuva vem acompanhada por raios, rajadas de vento e eventuais quedas de granizo. Atenção que os volumes podem ser mais altos entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com potencial para alagamentos. Boa parte dessa chuva se deve à atuação de um corredor de umidade que vai se formar do Norte até o Sudeste e o Paraná.

Por outro lado, o tempo firme vai do norte da Bahia até o centro do Ceará, e nas demais áreas do Nordeste as pancadas de chuva vem mais à tarde, com riscos de raios e eventuais quedas de granizo, como entre a Bahia, o Maranhão e o Piauí.

Já com relação às temperaturas, faz calor na maior parte do país, porém as temperaturas mais baixas estão previstas entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por conta dos ventos de sul e do tempo mais fechado nessas áreas.