Tempo

Coronavírus já afeta até a previsão do tempo; entenda!

Avanço da doença fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) parar de analisar dados de algumas estações meteorológicas; confira onde e os impactos!

Segundo a agência internacional Bloomberg, a pandemia do coronavírus está afetando até a meteorologia pelo mundo. A queda drástica do número de voos tem prejudicado a coleta de dados meteorológicos de ar. Os aviões são equipados com instrumentos que realizam leituras das condições atmosféricas, que são transmitidas para todo o mundo. Meteorologistas americanos afirmam que pode haver uma queda da precisão da previsão do tempo por causa disso. Ainda segundo a agência, a última vez que houve perdas dos resultados dos modelos meteorológicos foi no fechamento do espaço aéreo provocado pelo 11 de setembro de 2001, com a destruição das torres gêmeas.

 No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), anunciou que, por causa das medidas contra o alastramento da Covid-19, vai parar de aferir dados das estações convencionais oficiais de São Paulo (SP) e São Carlos (SP) por tempo indeterminado. Os dados destas cidades continuarão a ser monitorados por estações automáticas.

Mas qual seria a confiabilidade de um tipo de estação para outra? Existe uma mais confiável? De acordo com o meteorologista, Willians Bini, da Somar, existem horários padrões para a leitura dos dados das estações convencionais, de acordo com a Organização Mundial da Meteorologia, (OMM). “Às 9 horas da manhã é feita a leitura da temperatura mínima e da chuva, tem também a leitura das 15 horas, quando a temperatura máxima é aferida e depois uma terceira medição feita às 21 horas”, explica.

Com os anos, as estações convencionais foram sendo substituídas pelas automáticas que, além da leitura, ainda fazem os envios automáticos de hora em hora. “A assertividade da estação convencional costuma ser maior porque se a estação estiver com algum problema em algum sensor, o aferidor, no caso um meteorologista ou um técnico em meteorologia, consegue identificar e corrigir o problema. Na automática não”, explica Bini.

Segundo Willians não é muito incomum ter estações automáticas enviando dados equivocados. A correção desta leitura e também dos modelos numéricos de previsão do tempo sempre que passada pelo crivo de um especialista tende a ter melhores resultados.