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Frio e geada continuam a atingir lavouras no Sudeste; veja previsão

Regiões que já registraram temperaturas baixas na madrugada de segunda para terça devem ter mais uma noite com frio na casa dos 3° C

A madrugada do dia 26 para 27 de maio pode ser ainda mais fria do que as dos últimos dias em áreas produtoras do Sudeste do Brasil, com mínimas previstas abaixo dos 3 ºC em lavouras que já foram afetadas pelo frio. As baixas temperaturas devem persistir até o fim de semana, mas a sensação térmica vai continuar desagradável pelo menos até o dia 7 de junho. “Os prejuízos poderão ser maiores em áreas de feijão e hortaliças do sul de São Paulo, nas outras lavouras os prejuízos serão menores”, explica Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

Nesta quarta-feira 27, o tempo seco toma conta de toda a região Sudeste do Brasil, já não há condição de chuva após a frente fria se afastar. O frio, no entanto, segue ganhando espaço e intensidade. O dia pode amanhecer gelado e existe o potencial para a ocorrência de geada em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

A maior preocupação, porém, vem com o risco de geada em cidades produtoras de café no território mineiro como Caldas e Varginha, ambas com temperaturas abaixo de 3 °C. “A boa notícia é que o café é uma árvore resistente, então temperaturas em torno de 3 °C ainda não devem provocar danos preocupantes às lavouras, além disso, o café não deve ficar exposto por muito tempo, pois a tendência é de elevação da temperatura nos próximos dias, e neste contexto, apenas lavouras voltadas para a face sul, nas bordas e pés mais novos serão afetados”, diz Celso. 

Na madrugada desta terça-feira, 26, tivemos geadas em São Paulo em áreas de cana-de-açúcar, hortaliças e café. Em Ituverava, no norte do estado, a mínima foi de 3,4°C e em Rancharia, no oeste paulista, 3,6°C. Em Minas Gerais, a estação meteorológica particular da Cooxupé, em Guaxupé, registrou 3,4°C em áreas de café. 

Em todos os casos a geada foi fraca com pouco dano. “A partir de 4°C já podemos ter geadas, mas é com 1°C que a geada passa a ser mais danosa”, explica Celso.