A maioria das simulações meteorológicas indica um mês de junho com chuva inferior à média na região central do Brasil e acima da média no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, leste do Sudeste e do Nordeste e em boa parte da região Norte. São esperadas temperaturas acima da média na maior parte do país.
Junho é um marco importante. O inverno tem início no dia 20 de junho de 2020 às 18h44 no Brasil. A nova estação se caracteriza pelas temperaturas baixas, dias mais curtos e noites mais longas. As regiões Sudeste e Sul são as mais marcadas pelas características típicas do inverno, sendo que no restante do país as temperaturas são mais equilibradas, com pouca variação térmica normalmente.
Para julho, de uma forma geral, observa-se uma intensificação e um aumento da área com chuva abaixo da média no centro do país. A precipitação acima da média acontece somente no Rio Grande do Sul e no leste das regiões Sudeste e Nordeste. No Norte, há maior dispersão entre as simulações, mas a tendência é de que os maiores acumulados ocorram em Roraima e no norte do Amapá e do Amazonas.
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A temperatura permanece acima da média em boa parte do Brasil em julho, mostrando que este não será um inverno rigoroso – o não implica ausência de frio. Há previsão de declínio acentuado da temperatura sobretudo no Rio Grande do Sul nesse mês. Além disso, as regiões Sudeste e Centro-Oeste terão temperaturas mais baixas do que em junho.
Para agosto, a seca domina o Brasil. Esse é o mês mais seco do ano em diversas áreas do Sudeste e do Centro-Oeste. Alguns modelos numéricos de previsão do tempo indicam chuva acima da média no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas outras simulações já indicam algo mais próximo da média. “Pior é que existem modelos que não mostram apenas agosto mais seco, mas também setembro com chuva abaixo da média na região Sul”, afirma Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.
Segundo ele, não é estranho o cenário dessa simulação, já que o Pacífico em resfriamento deverá fazer com que as frentes frias avancem cada vez menos pela região Sul, com características de La Niña. “Será importante o monitoramento das simulações nos próximos meses. Nós trabalhamos com mais de um modelo numérico de previsão do tempo e participamos de diversas reuniões com a equipe de meteorologistas para definir uma previsão”, afirma Oliveira. Ainda de acordo com as simulações, a pouca chuva acima da média é prevista somente para o leste do Nordeste.
Primavera
Na primavera 2020, a chuva mais forte acontecerá somente no fim do período, especialmente em novembro, o que pode atrasar a instalação das culturas de verão em um padrão bem típico de La Niña, mesmo se o fenômeno não se configurar por completo.
No Sul, mesmo com a chuva abaixo da média na estação, a tendência é de um mês de outubro mais úmido nos três estados do que setembro. As simulações mantêm a temperatura acima da média, mas a tendência é de uma estação menos quente que a observada em 2019.
Para conhecer os detalhes da previsão para os próximos meses, confira os destaques em cada região do Brasil, lembrando que as simulações de longo prazo podem sofrer alterações.
