Apesar de a umidade ter voltado ao Brasil central, as chuvas ainda não foram suficientes para extinguir as queimadas, principalmente na área do Pantanal. Nessa região, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 1.500 focos de incêndio entre o início de outubro e de novembro. Em todo o Brasil são 2.661 focos. No ano passado, pecuaristas e animais sofreram com queimadas que atingiram números recordes em Mato Grosso do Sul, devastando extensas áreas.
A chuva que pode efetivamente amenizar a situação está a caminho. Neste sábado (6). Um sistema de baixa pressão também provoca chuva e temporais isolados em Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, e instabilidades no alto da atmosfera aumentam o risco de temporais em Rondônia. Segue chovendo de forma isolada em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e nos três estados do Sul, e o tempo instável retorna ao interior paulista. Na faixa leste de São Paulo, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, predominam sol, calor e tempo firme.
Uma Zona de Convergência Intertropical – que nada mais é do que uma frente fria estacionária – leva chuva forte e volumosa do sul do Pará a Tocantins, sul do Maranhão, Piauí e, principalmente, Bahia, onde há risco de transtornos como alagamentos, deslizamentos de terra e transbordamento de rios e córregos.
No domingo (7), o risco de temporais aumenta em Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e interior de São Paulo, devido à combinação entre o calor e umidade, somado a um sistema de baixa pressão atmosférica entre Goiás e Mato Grosso.
Pelo menos até a próxima segunda-feira (8), a Zona de Convergência do Atlântico Sul será responsável pela chuva mais forte e volumosa prevista desde o sul do Pará, norte de Mato Grosso, Tocantins, sul do Maranhão, Piauí e Bahia. Atenção para altos acumulados de chuva e potenciais transtornos, como alagamentos e deslizamentos de terra nessas áreas.