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Ministério bloqueia mais de 140 t de uva-passa importada contaminada

Produtos apresentaram quantidade da substância ocratoxina A acima do permitido, quando pode se tornar tóxica

uva-passa
Foto: Pixabay

Mais de 140 toneladas de uvas passas importadas contaminadas foram impedidas de comercialização nos últimos meses, informou o Ministério da Agricultura (Mapa).

Os produtos bloqueados deste ano superaram o limite permitido de ocratoxina A (conhecida sob a sigla OTA), uma substância produzida por alguns tipos de fungos.

Em condições ambientais adequadas, a substância pode estar presente em produtos alimentares, como cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumos de fruta. No entanto, excedendo o limite permitido de micotoxina torna-se tóxica, sendo prejudicial à saúde, informou o ministério.

Os bloqueios foram feitos pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov), da Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA-SP). A interceptação das cargas ocorreu em postos de fronteira do Porto de Santos e do Porte Seco de Foz do Iguaçu (PR) pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro/Mapa).

Uva-passa contaminada

“Já foram bloqueadas cargas de uva-passa com mais de nove vezes o limite máximo permitido de ocratoxina. O Mapa está atuando com rapidez para esses bloqueios e a vigilância sanitária municipal também foi acionada. Estamos trabalhando com todo o empenho para que nenhum produto contaminado chegue à mesa do consumidor”, informa o auditor fiscal da operação, Tiago de Dokonal Duarte.

Todas as cargas bloqueadas tinham como destino a região metropolitana de São Paulo. Os bloqueios ocorreram entre junho e setembro deste ano. A SFA/SP tem coordenado a ação em conjunto com as vigilâncias sanitárias municipais para garantir a correta destinação das cargas contaminadas.

Conforme a Instrução Normativa SDA/Mapa nº 9/2002, lotes importados de amendoim, milho, amêndoas, pistache, frutas secas e milho de pipoca, incluindo os seus subprodutos, somente poderão ser liberados para a comercialização no Brasil após a análise de micotoxinas feita por laboratórios credenciados pelo Mapa.