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Veja o que esperar do mercado do milho nesta semana

As cotações se acomodam no Brasil, com o mercado travado diante a preocupação com o clima; as condições das lavouras devem seguir impactando os preços

Colheita de milho
Foto: Pedro Revillion

Os preços do milho seguem elevados nos Estados Unidos. Por outro lado, as cotações se acomodam no Brasil, com o mercado travado diante a preocupação com o clima. As condições das lavouras no Brasil seguirão chamando a atenção do mercado.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

  • Preços do milho se mantém nas máximas do ano após o relatório do USDA de Novembro;
  • Com o corte de estoques, o viés implantado no mercado de que a China será uma grande importadora nas próximas semanas segura os preços;
  • Contudo, as exportações semanais vão sendo apenas normais, sem grandes alterações em relação à média normal e não refletem ainda tal otimismo;
  • Há uma certa preocupação paralela com o quadro do trigo, principalmente na Rússia e na Austrália, tendo em vista que a Argentina parece confirmar já uma  quebra de safra;
  • Outro quadro é a relação com a soja. Com a soja beirando os US$ 12/bushel, o milho precisa se manter competitivo para não perder área plantada em 2021;
  • Clima na América do Sul, importações da China e preços do trigo são as bases para os preços do milho;
  • Argentina apresentou chuvas localizadas na semana e tem previsão para a semana na província de Buenos Aires;
  • No mercado interno, momento de certa acomodação de preços o mercado Interno;
  • Há alguma oferta regional para entrega imediata e os consumidores estão mais  condicionados a compras para dezembro e janeiro;
  • Este descompasso ajuda o mercado a se abastecer e preços se mantém praticamente estáveis;
  • Agora já há pouca influência do câmbio e dos preços de porto na formação de preços diante da retração dos novos negócios na exportação;
  • O milho importado ainda chega ao Brasil a R$ 80 no porto, pelo menos, mais o frete interno. Portanto, não se pode afirmar que o quadro de abastecimento brasileiro está sendo resolvido com importações pois não há programação de curto, médio e longo prazos para o Brasil no milho;
  • Crítica situação da safra de verão em boa parte da região Sul. Centro-Oeste de SC e RS com perdas de 60 a 80% irreversíveis. Mesmo com chuvas daqui para frente, a situação é de perdas expressivas;
  • A realização de safra no final de novembro deverá apresentar perdas de produção importantes;
  • O Brasil dificilmente escapará de importações pesadas no primeiro semestre para atender a sua demanda interna. Mesmo que tenhamos alguma ajuste de demanda para baixo precisaremos de importações;
  • A questão é que mesmo com câmbio mais baixo a importação ainda é bastante cara e precisa ser pensava previamente devido a logística.