Diversos

Veja o que pode fazer o preço do milho subir nesta semana

O cenário de quebra na safrinha do país ainda favorece as cotações na Bolsa de Chicago, veja outros fatores que podem impactar o mercado

Os preços do milho no Brasil seguem ainda impactos pela oferta cada vez mais restrita no cenário interno. O cenário de quebra na safrinha do país ainda favorecem as cotações na Bolsa de Chicago, onde a demanda da China seguirá no radar do mercado.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

– As dificuldades de abastecimento são recorrentes em grande parte do Brasil. O quadro geral pouco mudou: a tendência é pela normalização de abastecimento apenas em agosto. Portanto ainda são, pelo menos, quatro meses de consumo a serem solucionados;

– As indicações de preço permanecem em patamar recorde. O referencial Campinas segue posicionado a R$ 105 CIF;

– A seca resultou em quebra da safrinha brasileira de milho. De acordo com levantamento de Safras & Mercado, a produção deve alcançar o volume de 70,788 milhões de toneladas. Na estimativa anterior, divulgada em março, a projeção era de 80,685 milhões de toneladas

– Os números podem sofrer revisão de acordo com o clima em maio. Cortes ainda mais acentuados podem acontecer em caso de continuidade do estresse hídrico ou em caso de queda acentuada das temperaturas na região Sul;

– Na Bolsa de Chicago, a semana se encerra com agressiva alta dos preços. O clima adverso no Brasil é um fator relevante a ser considerado neste momento, com uma quebra irreversível da safrinha brasileira;

– O Weather Market segue extremamente nervoso em função da necessidade de uma safra cheia nos Estados Unidos. Acompanhar informações rotineiras como avanço do plantio, além dos modelos climáticos, é essencial para a compreensão do mercado no mês de maio;

– O comportamento da China e suas compras também terá peso na formação de tendência de curto prazo. Portanto, as vendas líquidas semanais também serão relevantes no curto e no médio prazo.