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Vendas do boi gordo se aquecem mesmo diante de preços baixos

Os confinadores seguem sem capacidade de retenção, uma vez que os custos de nutrição animal permanecem muito elevados, diz analista

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais baixos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os negócios fluíram mesmo com os preços mais baixos oferecidos aos pecuaristas.

Os confinadores seguem sem capacidade de retenção, uma vez que os custos de nutrição animal permanecem muito elevados, além das chuvas que voltaram e dificultam o manejo. “No entanto, o cenário ficou um pouco mais otimista com sinalização de avanço das negociações bilaterais Brasil-China na busca de um entendimento sobre o embargo à carne bovina brasileira, que já se prolonga por cerca de um mês e meio”, assinalou Iglesias.

O chanceler chinês disse que a questão será resolvida rapidamente. “O entendimento, se efetivado, marcará um ponto de virada importante, uma vez que até o presente momento as autoridades chinesas não haviam se manifestado sobre o assunto. Resta saber na prática qual a velocidade chinesa para equacionar a questão”, pontuou.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 266 na modalidade à prazo, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 25, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 266, contra R$ 267. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 254 – R$ 255, ante 255. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 251, contra R$ 255.

Atacado

Já no atacado, a carne bovina teve preços de estáveis a mais baixos. O viés de curto prazo segue negativo, uma vez que a segunda quinzena de cada mês é pautada por uma lenta reposição entre as cadeias. “Além disso, ainda há frigoríficos disponibilizando parte dos estoques que deveriam ser destinados à exportação no mercado doméstico, ampliando o movimento de pressão”, apontou Iglesias.

Assim, o corte traseiro foi precificado a R$ 20,50 por quilo, queda de R$ 0,20. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 14,00, por quilo. Ponta de agulha permanece precificada a R$ 13,80, por quilo.