Abate de boi em Mato Grosso no ano é o maior desde 2007

Acumulado entre janeiro a setembro somou 3,619 milhões de cabeçasO abate de bovinos em Mato Grosso entre os meses de janeiro a setembro deste ano somou 3,619 milhões de cabeças, o maior volume registrado para o período desde 2007. Os dados foram divulgados nesta segunda, dia 31, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com base em informações coletadas nos frigoríficos pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea).

Segundo o levantamento, o abate em 2011 aumentou 5,1% em relação aos nove primeiros meses do ano passado (3,445 milhões), com destaque para o crescimento de 43,1% na oferta de fêmeas. De janeiro a setembro do ano passado 1,172 milhão de vacas foram abatidas e em igual período deste ano foram 1,677 milhão de cabeças. O abate de machos recuou 14,9% e passou de 2,273 milhões de cabeças de janeiro a setembro do ano passado para 1,942 milhão no acumulado deste ano.

O Imea relata em seu boletim semanal que o abate de bovinos em Mato Grosso no mês de setembro ficou em 435,8 mil cabeças, 8,8% abaixo de agosto. Os técnicos do Imea observam que, no entanto, a média diária de abate se manteve praticamente estável. O ritmo de abate em setembro, excluindo-se os feriados, ficou em 20,751 mil cabeças/dia. Em agosto, quando foram registrados dois dias úteis a mais, a média foi de 20.764 cabeças.

Do total abatido em setembro, o volume de machos somou 276,2 mil cabeças. Houve redução na participação das fêmeas para 36,6%, a menor registrada neste ano. Os analistas do Imea explicam que neste período do ano aumenta a oferta de machos terminados nos sistemas intensivo e semi-intensivo de confinamentos. Eles lembram que mesmo com a redução no abate de vacas a participação se mantém acima da registrada em setembro do ano passado, que foi de 26,8%. No acumulado deste ano as fêmeas representam 46,3% dos abates, a maior participação para o período desde 2006.

Ao comentar o mercado de reposição da pecuária de corte, os analistas do Imea observam que a expectativa gerada no mercado após o pico da arroba do boi gordo em novembro do ano passado motivou investimento do pecuarista na engorda deste ano. Eles destacam que nos últimos 12 meses as categorias de animais para reposição que apresentaram maior valorização foram a do boi magro (8,96%) e a da vaca solteira (5,21%). Segundo eles, o menor interesse atual pela atividade de cria fica evidente pela desvalorização das cotações bezerras de oito meses e de 12 meses, e da novilha de 18 meses, cujos preços recuaram 3,14%, 2,95% e 2,76%, respectivamente.

> Veja o boletim semanal de bovinocultura divulgado pelo Imea