Acordo entre Brasil e Argentina para comércio de carne suína deve ser concluído em meados de abril

Novo encontro em Brasília deve estabelecer detalhes finais do documentoOs governos de Brasil e Argentina avançaram nesta sexta, dia 30, nos entendimentos técnicos com vistas à assinatura de um acordo para a retirada das barreiras às importações de carne suína brasileira e o estabelecimento de uma cota entre 3 mil e 3,5 mil toneladas por mês. Os detalhes finais do documento, porém, só serão acertados dentro de duas semanas, em novo encontro, em Brasília, segundo informou à Agência Estado, o diretor de Assuntos Comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do M

— Há predisposição da Argentina em aceitar os volumes (de exportação) pedidos pelo Brasil. Porém, não fechamos formalmente, porque vamos terminar de alinhavar detalhes que envolvem outros produtos — disse o diretor.

Trata-se de uma cesta de produtos de interesse de ambos os lados. A Argentina, por exemplo, quer a garantia de suas exportações de crustáceos (vulgarmente chamados de lagostim) e merluza. Enquanto o Brasil quer o acesso de todos os cortes de suínos e escalonar os envios de arroz argentino para o mercado brasileiro, de modo a não prejudicar os produtores nacionais.

— Vamos incluir todos os produtos em um só contexto, um só acordo — afirmou o diretor.

O vice-ministro de Agricultura da Argentina, Lorenzo Basso, disse nesta sexta que o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, o “xerife” dos preços e das importações argentinas, não vai impedir o acordo com o Brasil.

— Vamos abrir as cotas para o Brasil de 3 mil toneladas porque é uma necessidade do mercado argentino. Não vai haver nenhum problema em dar esse volume — disse ele.

O ministro da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro Filho, informou nesta sexta que uma reunião será realizada na segunda, dia 2, em Buenos Aires entre técnicos brasileiros e russos. Ele explicou que a reunião será realizada em Buenos Aires porque o chefe do serviço sanitário russo, Sergey Dankvert, tem visitas programadas para Argentina e Chile.