Aproleite alerta pequenos produtores de leite do MT para realizarem planejamento nutricional

Segundo Aproleite, é preciso mudar a cultura nos meses de frio para que não falte leite no mercado internoEm Mato Grosso, o excesso de chuvas deu sobrevida ao pasto por pelo menos mais 30 dias. Mas, a proximidade do inverno deve mudar essa paisagem, já que no Estado a estação mais fria do ano é também a mais seca. Sem alimento no campo, a produção de leite reduz em até 40%.

Para evitar esta queda acentuada duranta a estação, a Associação dos Produtores de Leite do Mato Grosso (Aproleite/MT) alerta os pequenos produtores para a necessidade de preparar o alimento do rebanho com antecedência, o chamado planejamento nutricional. Além de ração e sal proteinado, não pode faltar o volumoso. Mais de 80% dos produtores não utilizam as capineiras como a cana-de-açúcar ou a silagem.

Segundo Carlos Augusto Zanata, diretor da Aproleite/MT, é preciso mudar a cultura nos meses de frio para que não falte leite no mercado interno. Para ele, há condições de abastecer até mesmo outras regiões se a silagem ou outras formas de provisão de volumoso forem adotadas.

Para enfrentar a falta de chuva entre os meses de junho a setembro, produtores como Xido Silva vão implantar o sistema de irrigação em seis dos 77 hectares de pastagens, que estão sendo divididos em piquetes. Além da braquiária, Xido deve implantar, para o próximo ano, o tifton como pastagem perene. Manter a produção de leite nesse período se tornou fundamental para atender à demanda por queijos produzidos por ele. Hoje, cada uma das 25 vacas da propriedade produzem, em média, 18 litros com duas ordenhas por dia.

Toda a estrutura está sendo montada com recursos próprios. A falta de políticas de acesso ao crédito para os produtores de leite no Estado também prejudica o avanço da implantação das técnicas de melhoramento nutricional para a cadeia leiteira.

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