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Boi gordo: oferta limitada garante sustentação de preços no Brasil

O mercado físico de boi gordo apresentou negociações acima da média e preços estáveis ao longo da semana no Brasil

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Foto: Gabriel Faria /Embrapa

O mercado físico de boi gordo apresentou negociações acima da média e preços estáveis ao longo da semana.

No entanto, a perspectiva é de que possa haver um movimento de alta nos preços no curto prazo, em especial no centro-norte do país, onde as pastagens apresentam condições complicadas devido à seca.

Para o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mais provável é que animais terminados a pasto estejam aptos ao abate apenas no primeiro trimestre de 2024.

Isso significa que a oferta de boi gordo para atender a demanda de final de ano dependerá, principalmente, dos animais confinados.

Essa situação aumenta a propensão a reajustes ao longo da cadeia produtiva.

Preços internos

  • São Paulo, Capital: Referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 245, estável em relação à semana passada.
  • Dourados (MS): Arroba cotada em R$ 230 na modalidade a prazo, sem alterações.
  • Cuiabá (MT): Arroba manteve-se em R$ 209 a prazo.
  • Uberaba (MG): Preço a prazo cotado a R$ 235 por arroba, sem mudanças.
  • Goiânia (GO): Indicação a prazo de R$ 235, sem alterações.

Cortes mostram estabilidade no mercado atacadista

O mercado atacadista apresentou preços firmes durante a semana, embora o viés ainda seja de alta no curto prazo.

Isso ocorre em linha com o auge do consumo no mercado doméstico, impulsionado pela entrada do décimo terceiro salário, demais bonificações, criação dos postos temporários de emprego e confraternizações de final de ano.

Iglesias ressalta que esses fatores puxam a demanda, especialmente pelos cortes de maior valor agregado, que são os mais demandados nessa época do ano.

O quarto do traseiro seguiu cotado a R$ 19,10 por quilo. O quarto do dianteiro foi cotado a R$ 12,90 por quilo, sem mudanças frente à semana passada.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 545,385 milhões em novembro (11 dias úteis), com média diária de US$ 49,580 milhões.

A quantidade total exportada pelo país chegou a 119,027 mil toneladas, com média diária de 10,820 mil toneladas.

O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.582,0.

Em relação a novembro de 2022, houve alta de 27,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 45,4% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 12,2% no preço médio.