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Arroba do boi gordo cai para R$ 180 com China renegociando contratos

Analista diz que um grande frigorífico da América do Sul aceitou valores menores; sindicato teme que exportações de carne bovina sejam reduzidas pela metade

A notícia de que a China está renegociando os preços da carne importada pressionou a arroba do boi gordo nesta terça-feira, 21. No Centro-Oeste, por exemplo, há negócios abaixo de R$ 180, de acordo com a Safras & Mercado.

Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, há relatos de que um grande frigorífico da América do Sul já aceitou valores mais baixos e este se tornou o padrão para as demais negociações.

“Essa é a grande justificativa para a desaceleração das exportações em janeiro, o que também favorece a compreensão do forte movimento de correção dos preços evidenciada nesse início de ano. A tendência é que esse movimento ganhe ainda mais corpo”, comenta.

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos (Sindifrigo) de Mato Grosso, sem preços, os embarques de carne bovina para a china devem cair pela metade no primeiro semestre em relação ao semestre anterior.

“A redução tem um motivo principal, que são os custos elevados da matéria-prima frente aos preços do produto no mercado final. A indústria tem segurado a arroba acima do que é vendido a carne e o produtor tem custos muito elevados e não consegue produzir um boi mais em conta; isso precisa ser equacionado”, diz o presidente do sindicato, Paulo Bellincanta.

Fechamento desta terça-feira

Na capital de São Paulo, a arroba para pagamento à vista caiu de R$ 193 para R$ 192. Em Uberaba (MG), continuou estável, a R$ 186. A praça de Dourados (MS) também registrou queda, de R$ 181 para R$ 179/R$ 180. Em Goiânia (GO), a cotação recuou de R$ 185 para R$ 183 por arroba. Em Cuiabá (MT), seguiu a R$ 174.

Carne bovina

O mercado atacadista volta a se deparar com forte queda dos preços no decorrer da semana, de acordo com a Safras. O ambiente de negócios, conforme Iglesias, sugere pela continuidade do movimento de correção, avaliando o perfil de demanda mais discreto, tanto interno quanto externo.

“Os frigoríficos ainda se deparam com câmaras frias lotadas, levando a um movimento de maior pressão na compra de gado”, diz.

O corte traseiro foi cotado a R$ 13,10, queda de R$ 2,05. Já o corte dianteiro foi precificado a R$ 10,70 por quilo, recuo de R$ 0,05. A ponta de agulha foi cotada a R$ 9,80 por quilo, desvalorização de R$ 0,40.

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