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As notícias que você precisa saber agora para começar bem a segunda-feira

Alta nos preços da arroba do boi gordo e da saca do milho, indicador positivo da economia chinesa e novo recorde na cotação da soja estão entre as informações importantes de hoje

Boi: novo recorde fica cada vez mais próximo e indicador Cepea/B3 chega a R$ 228,30 por arroba

Milho: na B3, contrato para setembro já tem negócios acima de R$ 51 por saca

Soja: novo recorde histórico é registrado e preço chega a R$ 119,12 por saca em Paranaguá

No Exterior: indicador de atividade econômica na Europa e na China melhor que o esperado gera otimismo

No Brasil: mercado de olho na reunião do Copom na quarta-feira concentra apostas em um corte residual na taxa Selic para 2,0% ao ano

Agenda:

Congresso Brasileiro do Agronegócio

USDA: inspeções semanais de exportação dos EUA

Secex: balança comercial de julho

USDA: condições das lavouras norte-americanas


Boi: novo recorde fica cada vez mais próximo e indicador Cepea/B3 chega a R$ 228,30
por arroba

O indicador Cepea/B3 subiu pelo quarto dia consecutivo e ficou em R$ 228,30 por arroba, acumulando uma alta de 4,5% no mês de julho. Dessa forma, o indicador fica cada vez mais próximo do recorde registrado em novembro do ano passado de R$ 231,35. A nova rodada de valorização da arroba vem na esteira do início do mês, que é sazonalmente mais forte, a proximidade do Dia dos Pais e o período de pagamento dos salários.

Com a oferta ainda restrita, o menor sinal de demanda mais aquecida já pressiona os preços. A Agrifatto Consultoria já registra negociações acima do patamar de R$ 225 por arroba nos animais convencionais, enquanto que nos bois destinados à exportação, os preços em R$ 230 se tornam referência nas praças paulistas.

Milho: na B3, contrato para setembro já tem negócios acima de R$ 51 por saca

O contrato com vencimento em setembro na B3 chegou na máxima do dia a ser negociado em R$ 51,33 a saca, maior valor desde que o contrato começou a registrar negócios. O indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base de preços de Campinas/SP, subiu pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 50,79, acumulando uma alta de 4,66% no mês de julho.

A baixa disponibilidade do cereal começa a pressionar mais fortemente os preços, mesmo em período de colheita. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari, as exportações ganhando ritmo e o produtor capitalizado esperando melhores preços trazem competição e limitam a oferta no curto prazo.

Soja: novo recorde histórico é registrado e preço chega a R$ 119,12 por saca em Paranaguá

O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá bateu novo recorde histórico e ficou cotado a R$ 119,12 por saca, acumulando uma alta de 3,30% em julho. De acordo com a Agrifatto, a alta da oleaginosa em Chicago e do dólar frente ao real foram os principais motivos que levaram ao novo recorde.

A consultoria adiciona que apesar da elevação da moeda americana, os prêmios nos portos brasileiros continuaram elevados e sinalizam a preferência dos chineses pela soja brasileira, apesar da oferta reduzida no país.

No exterior: indicador de atividade econômica na Europa e na China melhor que o esperado gera otimismo

O PMI (índice dos gerentes de compra) do setor industrial da Zona do Euro, indicador que mede a atividade econômica na indústria, ficou em 51,8 em julho e acima do projetado pelos analistas de mercado (51,1). O indicador registra expansão da economia quando está acima de 50,0, sendo que desde fevereiro do ano passado isso não ocorria.

O PMI industrial da China teve comportamento parecido e ficou em 52,8 em julho, valor mais alto desde janeiro de 2011. O mercado ainda segue dividido entre indicadores econômicos em grande parte positivos, sinalizando possibilidade de recuperação rápida da economia global, e o avanço de casos de coronavírus que pode gerar medidas mais restritivas em algumas regiões.

No Brasil: mercado de olho na reunião do Copom na quarta-feira concentra apostas em um corte residual na taxa Selic para 2,0% ao ano

O destaque da agenda brasileira na semana é a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira com a decisão sobre a taxa básica de juros (Selic). Após o IPCA-15 de julho bem abaixo do esperado pelo mercado, as apostas de mais um corte na taxa Selic foram consolidadas em uma redução residual de 0,25 ponto percentual, que levaria a taxa para 2,0% ao ano.

Sendo assim, a principal expectativa fica para as sinalizações em relação às próximas reuniões, ou seja, se o Banco Central pretende encerrar o ciclo de cortes ou deixar a porta aberta para novas reduções. No cenário político, está marcada também para quarta-feira, de acordo com o Estadão, audiência pública com o Ministro da Economia Paulo Guedes na Comissão Mista do Congresso Nacional que discute a Reforma Tributária.