Boi

Boi: baixa oferta de animais faz preço subir em sete praças, aponta Scot Consultoria

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

boiada
Foto: Sidney Oliveira/Ag. Pará

O mercado do boi gordo segue firme em função da baixa disponibilidade de boiadas terminadas. De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, no fechamento desta quarta, dia 3, foram registradas altas em sete praças.

A maior valorização ficou por conta da região de Paragominas (PA), 1,5% de ajuste diário. Na praça, a arroba está cotada em R$ 139, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

Em São Paulo, os preços permaneceram estáveis. No estado, os frigoríficos estão melhores posicionados do que estavam algumas semanas atrás e, as escalas confortáveis seguram ofertas de compra maiores. O boi gordo à vista é negociado a R$ 151,50, sem Funrural.

No mercado atacadista, os preços não se alteraram. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 10,01 por quilo.

Já no mercado internacional, pelo segundo mês seguido foi batido o recorde em volume exportado. Em setembro foram embarcadas 150,7 mil toneladas de carne bovina in natura. Aumento de 4,3% em relação à quantidade vendida no mês anterior.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 151,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
      • Goiânia (GO): R$ 140
      • Dourados (MS): R$ 147
      • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
      • Marabá (PA): R$ 137
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,45 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 149,50
      • Sul (TO): R$ 138
      • Veja a cotação na sua região

Soja

Após duas sessões de alta, a soja negociada na Bolsa de Chicago fechou em queda. De acordo com a Safras & Mercado, o mercado fez correções técnicas e realizou lucros com base no cenário fundamental.

O mercado estava se sustentando na previsão de chuvas para o cinturão produtor americano e em um possível atraso na colheita, mas, até o momento, os trabalhos estão acelerados e a safra americana deve ser a maior da história. Além disso, o Brasil iniciou o plantio de uma área recorde.

Brasil

Os preços domésticos repercutiram a queda em Chicago e o recuo do dólar, terminando em baixa também. Diante deste cenário, o mercado não registrou negociações relevantes durante o dia.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 88
  • Cascavel (PR): R$ 87,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 79
  • Dourados (MS): R$ 85
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 95
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 94
  • Porto de Santos (SP): R$ 94
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 94
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,61 (-4,50 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,75 (-4,75 cents) 

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 3,90 (1,23%), sendo negociada a US$ 311,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,84 centavos de dólar, com alta de 0,18 centavo ou 0,6%.


Milho

Assim como a oleaginosa, o milho também fechou em baixa na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo avanço da colheita nos Estados Unidos, apesar do indicativo de boa demanda para o cereal do país. Um movimento de vendas técnicas colaborou para a queda.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 230 mil toneladas de milho ao Japão. As entregas estão programadas para a temporada 2018/2019.

Cotações domésticas

O mercado brasileiro mantém seu perfil ao longo da semana, com as negociações ocorrendo de maneira bastante pontual, apenas para preencher alguma necessidade mais urgente. Esse tipo de estratégia deve predominar no mercado até a definição das eleições, como comenta o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

A volatilidade cambial segue como uma marca para a semana, com a mínima do dia recuando ao patamar de R$ 3,82/US$ 1. O dólar fraco pressiona as cotações nos portos e também, por consequência, no mercado físico.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 43
      • Paraná: R$ 35
      • Campinas (SP): R$ 39
      • Mato Grosso: R$ 28,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 38
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 37,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,64 (-2,75 cents)
      • Março/2019: US$ 3,76 (-2,75 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia marcado por lentidão, com preços pouco alterados. Os agentes observaram a volatilidade do arábica na Bolsa de Nova York e do câmbio, com NY tendo ganhos em parte do dia e depois recuando. Mais uma vez, foi um dia de cautela.

Nova York

O café arábica Sessão foi de intensa volatilidade. A bolsa teve ganhos novamente em parte do dia e o contrato dezembro chegou a ultrapassar a linha de US$ 1,10 a libra-peso (máxima no dia foi 110,80 centavos), atingindo o patamar mais elevado desde 09 de agosto. A queda do dólar contra o real voltou a dar sustentação ao mercado em NY, assim como a valorização do petróleo.

Entretanto, após esses recentes ganhos acentuados, o mercado ficou sujeito a correções técnicas, dando sinais de estar sobrecomprado. E o movimento na ponta vendedora se intensificou, com a bolsa revertendo. Os fundamentos apoiam essas vendas, com o mercado seguindo baixista ante a ampla oferta global, com o Brasil colhendo uma safra recorde e com outras origens tendo grandes safras.

Os contratos com entrega em dezembro/2018 fecharam o dia a 106,60 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 1,05 centavo, ou de 1,0%. Março/2019 fechou a 110,05 centavos, com baixa de 0,95 centavo, ou de 0,8%.

Londres

A Bolsa inglesa para o robusta encerrou as operações da quarta-feira com preços mais altos. Em uma sessão volátil, em que o mercado operou ora no terreno positivo e ora no negativo, fatores técnicos determinaram o fechamento no vermelho.

Após cinco sessões seguidas de altas, Londres teve um movimento de correção técnica. O robusta seguiu o desempenho do arábica em Nova York, que reverteu após ter novas altas e se aproxima do fechamento em baixa.

Os fundamentos seguem baixistas. A oferta global é tranquila para o consumidor, em ano de safra recorde no Brasil e com outras origens entrando no mercado com safras novas a partir de outubro, como é o caso do Vietnã e Colômbia.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 420
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 425
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 355 a R$ 360
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 318 a R$ 320
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 106,60 (-1,05 cents)
      • Março/2019: US$c 110,05 (-0,95 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.588 (-US$ 16)
      • Janeiro/2019: US$ 1.586 (-US$ 5)

Dólar e Ibovespa

Pelo terceiro dia consecutivo, a cotação da moeda norte-americana terminou o pregão em queda, registrando nesta quarta-feira, dia 3, uma baixa 1,2%, cotado a R$ 3,8876 para venda, o menor valor desde 14 de agosto.

O acumulado em três dias representa 3,7% de desvalorização do dólar em relação ao real. O Banco Central segue com os leilões tradicionais de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), sem ofertas extraordinárias de venda futura da moeda.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão em alta de 2,04%, com 83.273 pontos. As ações da Petrobras seguiram a tendência, terminando valorizadas em 4,25%, seguidas por Itaú com alta de 4,53% e Bradesco com 4,33%.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 4

Sul

A frente fria avança para o Sudeste, mas ainda há instabilidades atuando entre o norte de Santa Catarina e o Paraná, com risco para temporais na divisa com São Paulo, com trovoadas e eventual queda de granizo.

Nas demais áreas catarinenses e no Rio Grande do Sul, o tempo fica firme, e o sol aparece ao longo do dia, com poucas nuvens.

Ainda temos a influência de um sistema de alta pressão sobre a Argentina, que deixa as temperaturas baixas no amanhecer e também durante a tarde. Os ventos na costa gaúcha são intensos, e as rajadas podem chegar aos 50 km/h.

Sudeste

A frente fria consegue avançar pelo oceano e até o fim do dia chega à altura do Espírito Santo. Por isso a chuva consegue se espalhar um pouco mais pelo Sudeste e atinge áreas do interior mineiro até o fim da tarde.

No centro-oeste paulista, o risco para chuva volumosa é maior, e no norte do estado tem potencial para a ocorrência de granizo. As rajadas de vento podem chegar aos 50 km/h entre o Rio de Janeiro, Espírito Santo e também em São Paulo.

Apenas no norte de Minas é que o tempo não muda. O sol predomina ao longo do dia, com poucas nuvens e baixo potencial para chuva. Nas áreas onde chove, as temperaturas diminuem um pouco, e o tempo não fica tão abafado quanto nos dias anteriores.

Centro-Oeste

As pancadas de chuva atingem os três estados do Centro-Oeste e o Distrito Federal, com risco para novos temporais em Mato Grosso do Sul, podendo ocorrer a qualquer hora do dia.

Só o nordeste de Goiás escapa da chuva. Em toda a região, as temperaturas ficam elevadas e a sensação é de calor.

Nordeste

Chove do litoral sul da Bahia à costa do Ceará, de forma rápida, no começo do dia. Depois, o sol aparece e eleva as temperaturas.

Nas demais áreas, o tempo fica ensolarado desde o amanhecer e as temperaturas disparam. A umidade continua baixa no interior da Bahia, Pernambuco, Ceará e Piauí.

Norte

O tempo se mantém instável principalmente na faixa oeste da região, com os maiores acumulados se concentrando no extremo oeste, onde a chuva ocorrerá com rajadas de vento e descargas elétricas.

Já no norte do Pará e no Amapá, há condição para o tempo permanecer estável e seco.